Ministério da Saúde tem 31,7 milhões de doses da Janssen estocadas
Desde o início da campanha de imunização contra a Covid, a pasta distribuiu 9,2 milhões de doses do imunizante aos estados e municípios
atualizado
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O Ministério da Saúde conta com 31,7 milhões de doses da vacina Janssen contra a Covid-19 estocadas e sem uso no Centro de Distribuição da pasta em Guarulhos, São Paulo.
De acordo com o documento Projeções de Entregas das Vacinas Covid, publicado no site do órgão federal, o Brasil recebeu, em 2021, 41 milhões de doses do imunizante. Dessas, 38 milhões foram adquiridas pela pasta junto à farmacêutica. Outros 3 milhões foram doadas pelo governo dos Estados Unidos.
Em informe técnico divulgado pelo ministério na tarde de quarta-feira (26/1), a pasta informa que, desde o início da campanha de imunização contra a Covid, distribuiu 9,2 milhões de doses do imunizante aos estados e municípios.
O Metrópoles procurou o Ministério da Saúde para prestar esclarecimentos sobre a distribuição das demais doses em estoque, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.
O imunizante da Janssen contra a Covid é o único de dose única aprovado no Brasil. Durante a campanha de vacinação nos estados, o fármaco foi amplamente utilizado na imunização de populações específicas, como pessoas em situação de rua, moradores de regiões de fronteiras e professores.
A maior parte dessas vacinas chegou ao Brasil apenas no último trimestre de 2021, quando grande parte da população há havia recebido a primeira ou segunda dose de outros imunizantes. Por isso, as unidades que chegaram ao país nesse período passaram a ser enviadas aos estados e municípios sob demanda.
Além disso, em novembro, a pasta começou a utilizar os fármacos do estoque para aplicar dose de reforço nos pacientes que receberam a aplicação dose da vacina. “Os reforços podem aumentar a imunidade decrescente e expandir a amplitude contra variantes preocupantes”, informou a pasta, à época.
“Dessa forma, o Ministério da Saúde recomenda o reforço (segunda dose) às pessoas que tomaram o imunizante Janssen, a ser feito de forma homóloga, ou seja, uma segunda aplicação com o mesmo imunizante Janssen, no intervalo mínimo de 2 meses, podendo este intervalo ser de até seis meses, cuja estratégia pontual dependerá do cenário epidemiológico local e adjacências e condições específicas da população que recebeu o imunizante da Janssen previamente”, diz nota técnica divulgada pelo ministério.