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Ministério da Saúde suspenderá intervalo entre vacinas da Covid e da gripe

A pasta publicará nota técnica sobre a eliminação do prazo mínimo de 14 dias entre vacinas. A medida ainda não foi oficializada

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Enfermeira aplica dose em paciente
1 de 1 Enfermeira aplica dose em paciente - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Ministério da Saúde suspenderá o intervalo entre a aplicação das vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e da gripe. A nova recomendação passará a valer em outubro.

A decisão foi adiantada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz. Ele está no comando da pasta enquanto o ministro Marcelo Queiroga cumpre quarentena em Nova York após contrair o coronavírus.

“Na sexta-feira (24/9), foram discutidos alguns assuntos [na câmara técnica]. A eliminação do intervalo entre vacinas da gripe e da Covid foi uma sugestão, uma recomendação que a câmara técnica deu ao ministério”, explicou nesta segunda-feira (27/9).

Sem mencionar a data, Rodrigo afirmou que a pasta publicará, em breve, uma nota técnica sobre a eliminação desse prazo mínimo entre vacinas. Atualmente, a recomendação é de se esperar 14 dias entre cada aplicação.

“Por enquanto, será só com a vacina da gripe. O PNI [Programa Nacional de Imunização] está avaliando [outras possibilidades]. Essa recomendação foi feita para poder aproveitar que o cidadão vai tomar a sua segunda dose da vacina contra a Covid, já está no posto de saúde e já toma também a dose da gripe”, frisou.

Segundo os técnicos que participaram da discussão, é seguro cancelar o intervalo entre as vacinas. O objetivo da decisão é acelerar as campanhas de imunização contra ambas as doenças.

“A gente observa que não houve um comportamento que vinha sendo praticado ao longo dos anos. Teve uma diminuição. O incentivo do ministério é que todos procurem os postos de saúde para que continuem a imunização nas campanhas regulares”, defendeu Rodrigo.

Queda na vacinação

O Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para bater a meta de vacinação contra a gripe em 2021. Mesmo com a campanha que começou em abril tendo sido ampliada em dois meses e aberta para a população em geral, o público-alvo alcançado até agora é de 78,8%, porcentagem menor do que nos últimos anos.

Em 2020, a imunização contra a influenza alcançou 96% do público-alvo, que inclui crianças, gestantes, puérperas, idosos, indígenas e trabalhadores da saúde. Em 2019, o órgão registrou 91% da meta.

A expectativa do governo neste ano é vacinar 79.710.239 pessoas. Foram distribuídas 80.039.990 doses. Apenas 62.885.043, porém, receberam o imunizante até agora – e a campanha, teoricamente, deve se encerrar no próximo dia 30, quinta-feira.

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