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Ministério da Saúde recomenda vacinação de gestantes com comorbidades

Grávidas, puérperas e lactantes podem ser imunizadas quando chegar fase de vacinação do grupo prioritário no qual estão inseridas

atualizado

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gestante grávida covid máscara coronavírus
1 de 1 gestante grávida covid máscara coronavírus - Foto: Getty Images

O Ministério da Saúde ressaltou, nesta sexta-feira (16/4), que gestantes, puérperas e lactantes dos grupos prioritários de vacinação contra a Covid-19 podem ser imunizadas. Raphael Parente, secretário de Atenção à Saúde da pasta, compartilhou a informação em coletiva de imprensa.

A recomendação já havia sido feita pelo ministério em março, quando a pasta publicou uma nota técnica sobre o assunto. O documento foi enviado aos secretários estaduais e municipais de Saúde.

A nota ressalta que as mortes maternas associadas à Covid-19 acontecem com maior frequência no 3º trimestre da gestação ou no puerpério. O documento também mostra que de 8% a 11% das gestantes e lactantes com Covid-19 precisam de hospitalização, e que de 2% a 5% dessas mulheres precisam de atendimento em unidade de terapia intensiva (UTI).

Por isso, o ministério orienta que gestantes, puérperas e lactantes procurem as unidades de saúde para receber a vacina — desde que tenham comorbidades e façam parte dos grupos prioritários da etapa de vacinação vigente no município de residência.

“Gestantes, puérperas e lactantes devem ser orientadas e avaliadas sobre o risco de exposição e contágio, não havendo contraindicação para vacinação dessas mulheres com as vacinas Covid-19 em uso no Brasil até o momento. Recomenda-se a vacinação de gestantes pertencentes aos grupos prioritários, principalmente com fatores de risco (comorbidades), mediante condições para que possam tomar uma decisão esclarecida”, atesta o documento.

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Orientações

O secretário Raphael Parente disse que, por mais que a pasta tenha feito as orientações em nota técnica, alguns estados e municípios não têm seguido as medidas. “O Ministério da Saúde coloca um guarda-chuva de recomendação, quando chega lá no município a gente tem visto de tudo”, afirmou.

A Saúde frisou, ainda, que as gestantes que não têm comorbidades devem avaliar a vacinação com o apoio de um profissional da saúde, já que não existem muitos estudos sobre o cenário e que o Brasil não realizou testes dos imunizantes neste grupo.

“No caso de gestantes sem doenças pré-existentes, mas que façam parte do público-alvo da campanha, a recomendação é para que seja realizada uma avaliação cautelosa junto ao seu médico, principalmente se a mulher exercer alguma atividade que a deixe mais exposta à doença. A gestante também deve ser informada sobre os dados de eficácia e segurança conhecidos dos imunizantes. Quem se enquadrar nesses critérios, deve ser vacinado contra a covid-19 conforme a ordem de imunização dos grupos prioritários, estabelecida pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO)”, afirmou a pasta, em nota.

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Participaram da entrevista o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, e o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Moreira Cruz. Mesmo com presença confirmada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não participou do evento
Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde
O ginecologista e obstetra Raphael Câmara, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, relativizou o debate sobre violência obstétrica e incentivou a prática em evento da pasta.
Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde
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Entrevista coletiva aos veículos de comunicação sobre as iniciativas do Ministério da Saúde para o apoio à saúde materna durante a pandemia

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Participaram da entrevista o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, e o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Moreira Cruz. Mesmo com presença confirmada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, não participou do evento

Arthur Menescal/Especial para o Metrópoles
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Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde

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O ginecologista e obstetra Raphael Câmara, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, relativizou o debate sobre violência obstétrica e incentivou a prática em evento da pasta.

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Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde

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A pasta pontua que as grávidas, puérperas e lactantes com comorbidades que desejam tomar a vacina só devem procurar as unidades de saúde quando chegar a fase de vacinação do grupo no qual elas estão inseridas.

Além disso, o ministério afirma que as mulheres deste grupo que não concordarem em ser vacinadas devem ser “apoiadas em sua decisão e orientadas a manter medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social”.

Também há orientações para mulheres que amamentam: “Lactantes que forem vacinadas contra a Covid-19 não precisam interromper o aleitamento materno por conta do imunizante, uma vez que não há evidências de riscos para a saúde do bebê, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doação de leite materno também é permitida”.

Investimento

O secretário compartilhou a informação em um momento em que o Ministério da Saúde dedica atenção especial às mulheres grávidas e puérperas. Nesta sexta-feira, o governo federal publicou uma portaria que libera R$ 247 milhões em ações para esta população, neste período de pandemia.

Segundo o secretário, a quantia deve ser usada em ações como a hospedagem e o isolamento de gestantes que não têm condições de praticar distanciamento social, e o encaminhamento dessas mulheres ao pré-natal odontológico.

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