Ministério da Saúde investiga 2 casos suspeitos de varíola dos macacos
Ceará e Santa Catarina são os dois estados que averiguam possíveis registros da doença. Há suspeita de um terceiro caso no Rio Grande do Sul
atualizado
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Dois possíveis casos de varíola dos macacos são investigados pelo Ministério da Saúde em Santa Catarina e no Ceará. A informação foi confirmada pela Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS).
Autoridades sanitárias do Rio Grande do Sul acompanham um terceiro caso suspeito. Este, contudo, não foi incluído no balanço da pasta.
Segundo o ministério, os pacientes estão isolados e em recuperação. “A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial”, resume, em nota.
O Rio Grande do Sul investiga se um homem que desembarcou em Porto Alegre após retornar de Portugal, no dia 10 de maio, pode ter trazido a doença.
O paciente, que não teve o nome identificado, fará exames nesta segunda-feira (30/5) para confirmar ou descartar o diagnóstico de infecção viral.
O mais recente panorama da Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza 257 casos de varíola dos macacos em 20 países fora da África. Outros 120 ocorrências suspeitas estão sendo investigadas.
A doença já foi identificada em países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido, Portugal, Espanha, Irlanda do Norte, Argentina, Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Suécia, Áustria e Suíça.
Anvisa e Ministério da Saúde
Contra a doença, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos contra a transmissão da varíola dos macacos.
A doença
A doença foi diagnosticada pela primeira vez em humanos em 1970 e, de acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente (homens gays ou bissexuais, em sua maioria), provavelmente é transmitida por meio do sexo sem proteção, ou mediante o contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração.
Os primeiros sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão, calafrios e bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas até cair.
A varíola de macacos é transmitida, primariamente, por contato com esquilos ou macacos infectados e é mais comum em países africanos – antes do surto atual, só quatro países fora do continente já tinham identificado casos na história.
Os cientistas acreditam que a taxa de mortalidade da doença é semelhante à da primeira cepa da Covid-19, de 1 a cada 100 infectados.
Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a doença (que é considerada erradicada no mundo) também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados.
Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo.
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