1 de 1 Vacinação infantil
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O Ministério da Saúde vai incorporar, nesta sexta-feira (21/1), a vacina Coronavac para o público infantil ao Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação (PNO) contra a Covid-19.
A informação foi dada pelo secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, em entrevista na sede do órgão.
Segundo o secretário-executivo, o Ministério da Saúde tem 6 milhões de doses da vacina em estoque. Após a incorporação do fármaco ao PNO, a pasta deve informar como será feita a distribuição das vacinas aos estados.
Além disso, segundo o gestor, as unidades da Federação contam com aproximadamente 3 milhões de vacinas em estoque, que já podem ser aplicadas no público infantil.
“A gente vai conversar com os estados, ver qual é o estoque [de vacinas disponíveis em cada região] para que a gente possa fazer uma distribuição mais justa, para que todos tenham a oportunidade de avançar na negociação”, informou.
Covid-19: o que se sabe até agora sobre a vacinação de crianças
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
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Pedido de governadores
A incorporação da Coronavac para o público infantil no PNO atende a pedidos de governadores. Nesta sexta-feira, o governador do Piauí e coordenador da temática Vacina e Enfrentamento à Covid no Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT), enviou ofício aos ministros da Casa Civil e da Saúde pedindo a inclusão da vacina no programa.
Nessa quinta-feira, o Consórcio de Governadores do Nordeste enviou também um ofício ao Ministério da Saúde cobrando a “compra urgente” da vacina Coronavac contra a Covid para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos de idade. O ofício, assinado por Paulo Câmara (governador de Pernambuco e presidente do Consórcio Nordeste), foi enviado diretamente ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Ao Metrópoles fontes ligadas ao Instituto Butantan informaram que o governo federal articula a compra de 7 milhões de doses da vacina para o público infantil. As tratativas ainda estão em andamento.
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