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Ministério da Saúde assina novo contrato de Coronavac para crianças

Doses já estão disponíveis no estoque do Butantan e podem começar a ser distribuídas para estados e municípios

atualizado

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Divulgação/Instituto Butantan
Coronavac
1 de 1 Coronavac - Foto: Divulgação/Instituto Butantan

O Ministério da Saúde formalizou, na noite desta terça-feira (15/2), novo contrato com o Instituto Butantan para compra de 10 milhões de doses da Coronavac. As vacinas serão utilizadas em crianças de 6 a 11 anos, sem comorbidades.

A informação foi confirmada ao Metrópoles por integrantes da pasta. O extrato de dispensa de licitação foi publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU). O contrato foi fechado no valor de R$ 363.909.000.

extrato da dispensa de licitação coronavac

O quantitativo havia sido negociado com a Pfizer, mas a farmacêutica ainda não tinha prazo para entrega dos imunizantes pediátricos. A Coronavac, já disponível para distribuição imediata, foi preferida pela pasta.

“Não se fazem necessárias mais 10 milhões de doses do laboratório Pfizer, dado que essas doses seriam entregues até o terceiro trimestre sem uma expectativa de prazo, e a Coronavac tem disponibilidade imediata”, explicou o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, em 1º de fevereiro.

“Alguma coisa [das 10 milhões de doses pediátricas da Pfizer] a gente deve adquirir pra ter um estoque regulador, existem algumas crianças que podem fazer cinco anos depois do dia 16 de fevereiro, por exemplo”, complementou.

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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty

baona/Getty Images
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos

Igo Estrela/ Metrópoles
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco

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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil

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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações

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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos

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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina

HUGO BARRETO/ Metrópoles
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória

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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar

Divulgação/ Saúde Goiânia
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável

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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina

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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave

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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças

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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros

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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles

A partir de agora, as doses já podem ser enviadas para estados e municípios. As negociações começaram após o Ministério da Saúde contabilizar junto aos estados o estoque de 6,4 milhões de doses disponíveis.

A Coronavac foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças de 6 a 11 anos sem comorbidades. A dose autorizada para o público infantil, produzida a partir do vírus inativado, é a mesma usada em adultos, com um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.

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