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Exportação de produtos de defesa tem recorde de R$ 8,8 bilhões em 2024

O recorde de exportação foi anunciado pelo Ministério da Defesa e iguala patamar histórico da indústria de defesa registrado em 2021

atualizado

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O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, anunciou, nesta terça-feira (8/10), que em outubro as exportações autorizadas de produtos de defesa alcançaram números recordes, com a cifra de US$ 1,6 bilhão – equivalente a R$ 8,8 bilhões na cotação atual. O comunicado foi após a assinatura de um acordo entre a Defesa e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que visa a cooperação para a promoção e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança (Bids).

O recorde de exportação iguala o patamar histórico da indústria de defesa registrado em 2021. Com negociações ainda em andamento, as cifras deste ano devem superar o período de 2014 a 2023.

Confira a evolução das exportações de produtos da defesa:

  • 2014: US$ 620 milhões
  • 2015: US$ 1 bilhão
  • 2016: US$ 925 milhões
  • 2017: US$ 687 milhões
  • 2018: US$ 915 milhões
  • 2019: US$ 1,2 bilhão
  • 2020: US$ 777 milhão
  • 2021: US$ 1,6 bilhão
  • 2022: US$ 648 milhão
  • 2023: US$ 1,4 bilhão
  • 2024: US$ 1,6 bilhão (até outubro)

Acordo

O acordo de cooperação, com vigência de seis anos, foi assinado pelo ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e pelo presidente da CNI, Ricardo Alban. Com a parceria, a CNI terá acesso à base de dados da Defesa, que será analisada pelo Observatório Nacional da Indústria. A análise vai permitir novas oportunidades e crescimento para o setor da defesa nos mercados interno e externo.

Informações como quais armamentos um país adquiriu de outro país e o valor dessas transações são dados que podem guiar a Defesa nas negociações de compra e venda.

O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, disse que o acordo é importante para a pasta, no qual os dados trazem argumentos para que a Defesa possa levar propostas de possíveis aumentos orçamentários para o Congresso, Câmara e Senado.

“Significa informação, comparação para que possamos oxigenar o nosso discurso, para dar força a nossa indústria da defesa brasileira (…) Em 2023, foram investidos em produtos de defesa no mundo 2 trilhões de dólares. Países que, por preceitos constitucionais, são proibidos de investir em equipamentos de defesa, como Japão e Portugal, estão se armando. O mundo todo está se armando. Alguns usam essas armas para defesa, outros para ataque”, disse o ministro.

Cenário internacional

No evento desta terça, José Múcio citou o cenário internacional atual como dificultador em compras e licitações da pasta. “Judeus venceram uma licitação, mas por questões ideológicas não podemos aprovar. Temos uma munição no Exército que não usamos. Fizemos um grande negócio. [A venda foi vetada] porque senão o alemão vai mandar para a Ucrânia, e a Ucrânia vai usar contra a Rússia. E a Rússia vai mexer nos nossos acordos de fertilizantes”, reclamou.

O ministro também criticou a importação de potássio do Brasil feita com o Canadá. “Temos a segunda maior reserva, mas como está embaixo da terra dos índios, nós não podemos explorar”.

 

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