Ministério da Defesa amplia vacinas obrigatórias para militares
Imunizantes estão previstos no calendário oficial das Forças Armadas. Elas são obrigatórias e valem para aqueles que estão na ativa
atualizado
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Mesmo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixando claro que é contra a vacinação obrigatória, o Ministério da Defesa atualizou o Calendário de Vacinação Militar que obriga a imunização dos membros da ativa das Forças Armadas. A medida foi publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira (11/11).
A portaria foi assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. A divulgação do calendário veio em um período de grandes discussões sobre a obrigatoriedade da população tomar a vacina contra a Covid-19, quando ela ficar disponível. Bolsonaro já declarou que é contra essa obrigação.
O Calendário de Vacinação Militar não faz nenhuma menção à eventual vacina de coronavírus.
A publicação é semelhante ao antigo calendário, publicado em junho de 2014, e atualiza a lista de vacinas. As vacinações contra HPV e, no caso de gestantes, contra coqueluche passam a ser obrigatórias.
O texto informa que a portaria visa o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis e a padronização das normas de imunização para os militares das Forças Armadas.
Também destaca que as vacinas previstas estarão disponíveis nas salas de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
As doenças combatidas pelas vacinas obrigatórias são: febre amarela, tétano, difteria, caxumba, hepatite B, HPV, coqueluche, rubéola e sarampo.
Incorporado o calendário, os militares têm até seis meses para atualizar os comprovantes de vacinação. Caso esse critério não seja cumprido, não podem se matricular nos cursos dos Sistemas de Ensino das Forças Armadas ou estar aptos para o Serviço Ativo.
A Portaria Normativa também permite que o Ministério de Saúde disponibilize vacinas específicas para militares que forem cumprir missões de paz ou missões especiais.