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Ministério conclui apuração e diz que morte de adolescente não está relacionada à vacina

Coágulos no sangue entupiram as veias do adolescente. Vítima teve púrpura trombocitopênica trombótica (PTT)

atualizado

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Hugo Barreto / Metrópoles
Falta Pfizer em São Paulo para segunda dose
1 de 1 Falta Pfizer em São Paulo para segunda dose - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

O Ministério da Saúde concluiu a investigação sobre a morte de um adolescente de 16 anos que morreu oito dias após receber a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).

A pasta apurou que o garoto teve púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), e o óbito, até o momento, não pode ser relacionado à vacina.

Essa informação foi divulgada inicialmente na manhã desta segunda-feira (20/9) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, e confirmada pelo Metrópoles junto a técnicos do Ministério da Saúde.

A púrpura trombocitopênica trombótica é um distúrbio que envolve a formação de pequenos coágulos de sangue por todo o corpo que bloqueiam o fluxo de sangue para órgãos vitais, como o cérebro, o coração e os rins.

A pasta ainda não identificou, contudo, o que teria causado esses coágulos.

A Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo deve enviar as informações sobre a morte do adolescente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que dará prosseguimento às investigações.

O garoto de 16 anos morreu no início deste mês. Ele estava internado no Hospital e Maternidade Vida’s, em São Paulo.

Na quinta-feira (16/9), o Ministério da Saúde publicou nota técnica orientando que estados e municípios interrompessem a vacinação de jovens de 12 a 17 anos sem comorbidades.

Como justificativa, o órgão mencionou que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela Covid-19 demonstra evolução “benigna” e permanece assintomática.

Após a publicação da nota técnica, órgãos e autoridades de saúde se manifestaram contra a decisão do governo federal. Em nota, a Anvisa apontou que “não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina”.

Os conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de saúde (Conass e Conasems) também se manifestaram contrários à decisão do Ministério da Saúde.

“Ao implementar unilateralmente decisões sem respaldo técnico e científico, coloca-se em risco a principal ação de controle da pandemia. Apesar de a vacinação ter levado a uma significativa redução de casos e óbitos, o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento de novas variantes”, registra.

Na sexta-feira (17/9), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) publicou nota solicitando a retomada da vacinação de adolescentes sem comorbidades.

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