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“Minha filha dizia que queria morrer”, diz mãe da Gatinha da Cracolândia

Em entrevista a TV Record, Adriana Bauer, mãe de Lorraine, a Gatinha da Cracolândia, falou sobre a depressão da filha antes de ser presa

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Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia" posa de maiô e óculos escuros
1 de 1 Lorraine Cutier Bauer Romeiro, conhecida como "Gatinha da Cracolândia" posa de maiô e óculos escuros - Foto: Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo – Adriana Bauer, mãe de Lorraine Bauer Romeiro, de 19 anos, afirmou que a filha cogitou suicídio antes de ser presa pela polícia de São Paulo e ficar nacionalmente conhecida como a Gatinha da Cracolândia.

“A Lorraine teve um quadro de ansiedade, de depressão, antes de engravidar”, contou a mãe em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do programa Domingo Espetacular, da TV Record.

A mãe mencionou a dificuldade de relacionamento com a filha, marcada por frequentes discussões. Em um dos embates, Adriana chegou a impedir a saída de Lorraine da casa onde viviam. “Ela começou a dizer que não tinha mais vontade de viver, que queria morrer. Procuramos psicólogos, mas aí já não sabia mais o que fazer”, disse Adriana Bauer.

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Mas também em cenas contando dinheiro e perto de pedra de crack
Ela foi presa com o namorado, André Almeida
Nas redes sociais, ela ostenta fotos produzidas
E um estilo de vida que pode ser considerado comum à influenciadoras digitais
Gatinha da Cracolândia foi presa por tráfico de drogas
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Nas imagens, ela aparece sem máscara andando pela Cracolândia

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Mas também em cenas contando dinheiro e perto de pedra de crack

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Ela foi presa com o namorado, André Almeida

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Nas redes sociais, ela ostenta fotos produzidas

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E um estilo de vida que pode ser considerado comum à influenciadoras digitais

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Gatinha da Cracolândia foi presa por tráfico de drogas

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De acordo com o relato da mãe, a filha perdeu um ponto de referência aos 12 anos quando o pai de Lorraine acabou assassinado na rua com um tiro durante uma tentativa de assalto.

“Emocionalmente, foi um impacto destrutivo: a perda da pai”, analisou Adriana Bauer, na conversa com Cabrini. Segundo a mãe, a partir dos 16 anos, a filha começou a mudar de comportamento, a se distanciar da família e a passou a consumir drogas.

Lorraine também conversou com o jornalista da Record por videoconferência. Ela negou ser uma das chefes do tráfico da cracolândia de São Paulo. Disse ainda que nunca comercializou entorpecentes.

“Dizem que sou a chefe do tráfico. Não sei se dou risada ou se choro”, disse Lorraine.

Lorraine chegou a ser fotografada pela polícia de São Paulo em uma tenda dentro da cracolândia no centro de São Paulo diante de um maço de dinheiro, ao lado de seu namorado, apontado pela polícia como um dos principais traficantes da região.

Ela afirmou que não saberia dizer se o namorado teria envolvimento com o tráfico. E disse ter se arrependido das decisões que tomou na vida.

“Eu mesmo não tenho respostas, não sei porque minha vida se tornou o que ela é. Me arrependo totalmente dos meus atos. Não me arrependo porque estou presa. É mais pela minha família. Sei que eles estão presos comigo”, disse Lorraine a Cabrini.

A Gatinha da Cracolândia foi presa em 22 de julho, por tráfico tráfico de drogas, ao lado de seu namorado, por equipes do 77º DP (Santa Cecília) em Barueri, na Grande São Paulo, no âmbito da Operação Carontes.

De acordo com a polícia de São Paulo, Lorraine era conhecida no submundo das drogas e agia como uma liderança do tráfico na região do centro de São Paulo.

O delegado da Seccional do Centro de São Paulo, Roberto Monteiro, responsável pela prisão de Lorraine, descreveu sua atuação na região.

“Ela agia como liderança do tráfico. Nós temos em cada tenda [na Cracolândia] em média dez mesas, que são alugadas de outros traficantes. E ela era líder de um desses segmentos, substituindo seu companheiro, que está preso também por tráfico. Ela ostenta um nível de vida alto, e tudo isso proveniente do tráfico de drogas”, afirmou o delegado ao Metrópoles, logo após a prisão da acusada.

Apesar de ser conhecida no mundo do crime, fora dele, a jovem aparentava levar uma rotina normal para uma garota de classe média paulistana. Ela morava com a mãe, corretora de imóveis, o irmão e a filha de 10 meses em um condomínio fechado em Barueri.

Desde o começo deste ano, estava matriculada na faculdade de Direito de uma universidade privada paulistana. Chegou a trabalhar também como modelo, sendo garota-propaganda para uma marca de roupas de Alphaville.

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