Minha Casa Minha Vida: Caixa vai financiar, diz presidente do banco
Pedro Guimarães afirmou que o MCMV é um programa de estado e que o órgão irá continuar servindo a sociedade
atualizado
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O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse que o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) seguirá sendo financiado pela instituição, ao mesmo tempo em que o banco irá ampliar o financiamento pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).
“O Minha Casa Minha Vida é um programa de estado e a Caixa vai continuar prestando serviço para a sociedade”, disse, lembrando que esse “funding” vem do Orçamento Geral da União (OGU) e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “No faixa 1, executamos a coordenação da obra e vamos continuar, a partir de uma estratégia do Estado”, afirmou.
A faixa 1 atende as famílias mais pobres, com renda mensal de até R$ 1,6 mil, e conta com subsídios originados no Orçamento Geral da União (OGU) que cobrem até 90% do valor dos imóveis. Houve um contingenciamento de recursos no começo deste ano para o MCMV, que já voltou a funcionar, com exceção da faixa 1 onde ainda o setor sente restrições.
Do ponto de vista de SBPE, onde são utilizados recursos do próprio banco para o financiamento, Guimarães afirmou que a instituição pública quer crescer mais, lembrando ter havido retração nos últimos três anos. “É um crédito importante e temos um conhecimento histórico do mercado de crédito que tem de ser aproveitado. Vamos voltar a crescer nessa linha, sem mudança das taxas”, disse.
“A ideia é desburocratizar o processo no SBPE, para que possamos concorrer com os demais bancos no mercado e sermos, inclusive, protagonistas nesse financiamento”, acrescentou Jair Mahl.
O saldo da carteira de crédito habitacional cresceu 3,0%, para R$ 444,7 bilhões em dezembro, sendo R$ 265,2 bilhões com recursos FGTS e R$ 179,4 bilhões com recursos Caixa/SBPE. O banco público segue na liderança do segmento, com 68,8% de participação, ganho de 0,6 p.p em 12 meses.
Os contratos pela Caixa de Minha Casa Minha Vida somaram R$ 62,5 bilhões, ou 505.494 novas unidades habitacionais, das quais 21,1% na faixa 1 do programa.