Minas: polícia apura possível envenenamento após consumo de cerveja
A corporação disse que aguarda relatórios médicos relativos ao atendimento da vítima e a conclusão do laudo de necropsia
atualizado
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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (31/5), ao Metrópoles, que instaurou um inquérito para apurar um possível envenenamento após consumo de cerveja. “Diligências estão sendo realizadas e testemunhas devem ser ouvidas nesta semana”, disse a corporação.
A PC ressaltou que aguarda relatórios médicos relativos ao atendimento da vítima, a conclusão do laudo de necropsia e solicitou também informações junto à Vigilância Sanitária, que recolheu material na casa da vítima. As investigações prosseguem na 6ª Delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora.
Já de acordo com informações do Uol, a vítima é um homem identificado como Antônio Paulo dos Santos, de 61 anos, que morreu no último dia 27 de maio. Biópsia renal teria apontado envenenamento por dietilenoglicol. Essa é mesma substância tóxica encontrada em cervejas da marca Backer entre novembro de 2019 e janeiro de 2020.
A reportagem do pirtal diz ainda que entre as fontes da contaminação consideradas pela polícia estão latas de cerveja da marca Brussels, consumidas por Antônio, que era policial militar de reserva, em uma comemoração de dia das mães.
Após o uso da bebida alcoólica, ele passou mal e foi encaminhado para o Hospital Albert Sabin, onde foi medicado e liberado, já que tinha apresentando sintomas semelhantes ao de uma intoxicação alimentar.
Porém, o homem teve que retornar ao hospital, em apenas quatro dias, já com um quadro de insuficiência renal. O paciente foi encaminhado para a UTI e acabou morrendo no dia 27 de maio.
De acordo com a Polícia Militar, a esposa de Antônio informou que a Vigilância Sanitária recolheu outras unidades da cerveja que estavam na casa do casal.
Material sob análise
Já a Fundação Ezequiel Dias (Funed) disse que o Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz Fora, a pedido do Centro de Informações Estratégicasem Vigilância em Saúde de Minas Gerais, recolheu e enviou para análise o produto suspeito. O material recolhido está sendo analisado e o caso segue em investigação.
O Hospital Albert Sabin confirmou a morte do paciente, mas informou que não vai se manifestar sobre o caso.
A cervejaria se posicionou, afirmando que a empresa utiliza apenas álcool etílico potável para o sistema de resfriamento, na concentração de 18%, e que não faz uso de nenhuma outra substância, em qualquer parte do processo, “fato esse atestado pela inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.