Mina em Maceió segue instável e afundamento chega a quase 2 metros
Mina em Maceió continua afundando. Mesmo assim, autoridades passaram situação de “Alerta Máximo” para “Alerta”
atualizado
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Apesar da redução da velocidade de afundamento da área ao redor de uma mina de sal-gema em Maceió, Alagoas, nos últimos dias, a situação continua gerando alerta em autoridades. Foi possível identificar que o afundamento passou de 0,22 cm/h para 0,28cm/hora, de acordo com a informação atualizada pela Defesa Civil na noite da quarta-feira (6/12).
Além disso, nas últimas 24h, o sensor da cavidade registrou deslocamento vertical acumulado de 1,95 cm.
O movimento total apresentado nas últimas 24h é de 6,7 cm. As autoridades pedem que a população local evite transitar pelo bairro do Mutange.
Mesmo assim, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, explicou nas redes sociais, ainda na quarta, que o nível de alerta da Defesa Civil havia passado de “Alerta Máximo” para “Alerta”.
“Na prática, isso significa que saímos de um risco iminente de colapso para um estágio de menor gravidade, mas que ainda requer atenção. O monitoramento continua sem parar. Com trabalho e união, vamos superar mais esse desafio”, escreveu.
O pior cenário seria o colapso da área, com uma cratera que poderia chegar a 152 m de raio. O bairro do Mutange, em Maceió (AL), que faz parte da zona crítica para risco de colapso, registrou mais de mil abalos sísmicos no espaço de cinco dias. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
Problema antigo na mina
O problema em torno do afundamento na região onde ficam as 35 minas de sal-gema da Braskem veio à tona em março de 2018, quando um forte tremor atingiu a área. O risco iminente de formação de crateras levou à saída emergencial de cerca de 55 mil pessoas do local. O problema foi constatado por diversos órgãos.
Como mostrou reportagem do Metrópoles, grandes quantidades de sal-gema foram encontradas no subsolo de Maceió na década de 1960, e, em 1976, a empresa Salgem – que passou ao comando da Braskem, em 2002 – começou a cavar minas na região, com anuência das autoridades locais.
A mineração na área só parou em março de 2019, após ter sido confirmada a relação com o afundamento.
Veja a nota da Defesa Civil na íntegra:
“A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 1,95m e a velocidade vertical é de 0,28 cm por hora, apresentando um movimento de 6,7 cm nas últimas 24h.
O órgão permanece em ALERTA devido ao risco de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.
Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.
A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.“