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Mina em Maceió já afundou 1,61 m e área de maior risco foi evacuada

Região do bairro Mutange, em Maceió (AL), continua em alerta máximo por risco iminente de colapso da mina 18

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Casas abandonadas após bairro do Pinheiro, em Maceió, ter solo afundado pelo trabalho de mineração da Braskem - Metrópoles
1 de 1 Casas abandonadas após bairro do Pinheiro, em Maceió, ter solo afundado pelo trabalho de mineração da Braskem - Metrópoles - Foto: Orlando Costa/Especial Metrópoles

Brasília e Maceió – A Braskem, petroquímica responsável pela mina de sal-gema que está à beira de um colapso em Maceió (AL), informou neste sábado (2/12) que todas as áreas de risco do município definidas pela Defesa Civil, já foram 100% desocupadas após determinação da Justiça essa semana.

A região continua em alerta máximo por risco iminente de colapso da cavidade na região da mina 18, no bairro Mutange. Essa e outras minas de sal-gema escavadas na área urbana de Maceió provocam há anos o deslocamento do solo, numa tragédia que obrigou dezenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas desde 2018.

“Os moradores de 23 imóveis que ainda resistiam em permanecer nessa área de risco foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial”, informou a Braskem, em nota na tarde deste sábado.

A petroquímica diz trabalhar em estreita colaboração com as autoridades locais. “Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, conclui.

Veja reportagem especial do Metrópoles sobre a tragédia nas minas de sal-gema da Braskem em Maceió.

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A exploração mineral vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema
O temor é que uma cratera se abra devido à possibilidade de desabamento de uma mina subterrânea
Segundo o mapa de risco, o Samu fica em área de criticidade 01, categoria na qual estão as regiões sob monitoramento dos órgãos
A Defesa Civil de Maceió entrou em alerta máximo para a possibilidade de colapso do solo
Comitê Operativo Emergencial (COE) está analisando a possibilidade de mudança do Samu e do Ceaf, mas reforça que os dois órgãos não estão localizados na área próxima à mina 18 da Braskem
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A exploração mineral vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema

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O temor é que uma cratera se abra devido à possibilidade de desabamento de uma mina subterrânea

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Segundo o mapa de risco, o Samu fica em área de criticidade 01, categoria na qual estão as regiões sob monitoramento dos órgãos

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A Defesa Civil de Maceió entrou em alerta máximo para a possibilidade de colapso do solo

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Comitê Operativo Emergencial (COE) está analisando a possibilidade de mudança do Samu e do Ceaf, mas reforça que os dois órgãos não estão localizados na área próxima à mina 18 da Braskem

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A exploração mineral desenfreada vem sendo apontada por especialistas e autoridades públicas como a principal causa do problema

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O risco de formação de crateras em áreas urbanas na capital do Alagoas já levou à desocupação de áreas onde viviam cerca de 55 mil pessoas

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O bairro de Pinheiro é uma das áreas desocupadas

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Alerta máximo

Novo balanço da Defesa Civil de Maceió, publicado às 18h, informa que o afundamento da mina foi de 11,8 centímetros nas últimas 24 horas. No total, a mina já cedeu 1,61 metro.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo”, informou a Defesa Civil, que destaca que as recomendações são “baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas”.

Imagem colorida mostra mapa de situação que atinge maceió, por meio do colapso do solo - Metrópoles

Prefeito diz que mina da Braskem está afundando mais devagar

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), o JHC, relatou que há uma tendência de diminuição no ritmo de afundamento da mina 18 da Braskem, que está em alerta máximo sob risco de colapso. A afirmação foi publicada em vídeo, na tarde deste sábado (2/12).

De acordo com JHC, a velocidade de afundamento tem diminuído, uma vez que anteriormente já foi registrada uma velocidade de 5 cm por hora, mas no último boletim da Defesa Civil municipal, da manhã deste sábado, foi informada a velocidade de 0,7 cm por hora.

“Os DGPs, que medem esse afundamento naquela área, eles chegaram em alerta máximo [anteriormente]. Ou seja, aquela região tem 12 DGPs, seis deles chegaram em alerta máximo, e hoje só temos um. Então, nós só temos um dos doze que está, agora nesse momento, em sinal de alerta”, disse o gestor municipal.

Na madrugada deste sábado, a Defesa Civil registrou um sismo com magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade. Segundo o prefeito, os tremores também diminuíram consideravelmente na região da mina sob monitoramento.

Também neste sábado foi registrado um tremor de terra na região onde a mina pode desabar a qualquer momento, criando uma grande cratera que pode ser inundada pelas águas da lagoa que fica na região e onde há uma comunidade de pescadores.

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