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Militares usariam “alto poderio bélico” em plano para matar Moraes

A investigação da Polícia Federal aponta que o arsenal previsto para matar Moraes previa metralhadoras, fuzis, lança-rojão e lança-granada

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1 de 1 Imagem colorida de armas que seriam usadas para matar Alexandre de Moraes - Metrópoles - Foto: Reprodução / Polícia Federal

A investigação da Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, preso na Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19/11), incluiu, no documento denominado “Punhal verde e amarelo”, quais munições seriam usadas no plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, “a lista com o arsenal previsto revela o alto poderio bélico que estava programado para ser utilizado na ação”.

“As pistolas e os fuzis em questão (‘4 Pst 9 mm ou .40” e “4 Fz 5,56 mm, 7,62 mm ou .338’) são comumente utilizados por policiais e militares, inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados”, revela a PF.

A PF destaca, ainda, que o arsenal previsto é composto por “armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”.

Segundo a PF, a primeira arma listada era uma M249, “uma metralhadora leve altamente eficaz, projetada para fornecer suporte de fogo em combate”.

A segunda era uma arma projetada para disparar granadas de fragmentação ou munições especiais de 40mm, “que fornece capacidade de fogo indireto e versatilidade em termos de tipos de munição”.

E, por fim, o terceiro armamento era AT4, um lança-rojão, utilizado “principalmente por forças armadas e de segurança para combate a veículos blindados e estruturas fortificadas”.

Lista de itens previsto

  • Seis coletes à prova de balas;
  • 12 granadas;
  • Quatro pistolas;
  • Rádios de baixa frequência;
  • Seis telefones celulares descartáveis;
  • Quatro fuzis, além de munição não rastreável;
  • Uma metralhadora, um lança-granadas, um lança-rojão, também com munição não rastreável.

O “Punhal verde e amarelo” detalhou que seriam necessárias seis pessoas para a execução pretendida, de acordo com o “copa 2022”, nome dado pelos investigados para o plano de matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes.

O documento ainda versava sobre a análise de riscos e impactos da ação, possível ocorrência de “baixas aceitáveis”.

Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação visa desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF.

Segundo a PF, havia um planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, para matar Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A operação mira os “kids pretos”, que seriam militares da ativa e da reserva. Além deles, um policial federal foi preso.

Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro e foi assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, até março deste ano.

Outros “kids pretos” presos:

  • Tenente-coronel Helio Ferreira Lima
  • Major Rodrigo Bezerra Azevedo
  • Major Rafael Martins de Oliveira

Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.

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