Militar investigado por tentativa de golpe pede novo depoimento à PF
O militar foi alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado
atualizado
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A defesa do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Junior pediu, nesta quarta-feira (13/3), um novo depoimento à Polícia Federal (PF). O militar foi alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado com o intuito de manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência.
O militar ficou em silêncio quando foi questionado por agentes da PF em 22 de fevereiro.
“Depois do noticiado pela imprensa nacional no sentido de que outros investigados teriam feito relatos relevantes no bojo da Operação Tempus Veritatis, a defesa de Ronald Ferreira de Araújo Júnior entende por bem que o mesmo possa, ainda que com parcial conhecimento dos elementos de investigação, responder aos questionamentos da Polícia Federal sobre os fatos em tela, em especial sobre sua relação com o Tenente-Coronel Mauro Cid”, informou a defesa, em nota encaminhada ao Metrópoles.
De acordo com os advogados João Carlos Dalmagro Junior e Lissandro Sampaio, que representam o militar, o pedido de um novo interrogatório busca “afastar as especulações de que Ronald tenha tido qualquer tipo de participação em quaisquer fatos delituosos, notadamente em tentativa de golpe de Estado ou abolição do Estado Democrático de Direito”.
A defesa ainda reforça que Ronald reafirma que é militar por vocação e convicção e que, nessa condição, jamais esteve a serviço de qualquer governo. “Sempre serviu ao Exército brasileiro e nunca questionou eleições, candidatos ou decisões políticas”, disseram os advogados.
Bolsonaro, aliados e ex-integrantes de seu governo foram alvo da Operação Tempus Veritatis, no dia 8 de fevereiro, com o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão. Eles são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).