Militantes dão apoio a vereador negro cassado por invadir igreja no PR
Maioria da Câmara de Curitiba votou a favor da cassação do mandato de Renato Freitas. Para militantes, medida denota racismo e perseguição
atualizado
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O vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) teve cassação de mandato aprovada em segundo turno na câmara da cidade nesta quarta-feira (22/6). Nas redes, militantes e amigos demonstram apoio a Freitas e apontam “racismo” e “perseguição” por parte de outros vereadores.
No julgamento, foram 25 votos a favor da cassação e 5 contrários. Apoiadores no Twitter levantam a tag #RenatoFica.
Um vereador preto incomoda muita gente. No caso, incomoda a Câmara de Vereadores inteira de Curitiba, que por perseguição política baseada em nada além de racismo cassou o mandato do @Renatoafjr agora pouco. O motivo? Ele protestou contra o assassinato de dois pretos. #RenatoFica pic.twitter.com/monVh8yLXJ
— William De Lucca (@delucca) June 22, 2022
Renato Freitas acabou de ter seu mandato cassado em primeiro turno na Câmara de Curitiba. De novo esta cidade reafirma as estruturas racistas que sedimentam nossa sociedade condenado a morte política um jovem negro periférico que ousou representar quem nunca foi representado. pic.twitter.com/kz2oH1UdRJ
— Carol Dartora (@caroldartora13) June 21, 2022
O racismo e a perseguição a @Renatoafjr não cessam. Em primeira votação, aprovaram a cassação. Tão importante quanto eleger mulheres e homens negros é assegurar o direito ao exercício dos mandatos. Todo nosso apoio ao nosso vereador. Renato, você não está só.#RenatoFica
— Macaé Evaristo (@MacaeEvaristo) June 21, 2022
No primeiro turno, a cassação também foi aprovada com 25 votos. Para se tornar concreta, eram necessários no mínimo 20 votos favoráveis no segundo turno.
Protesto motivou a cassação
Freitas virou alvo de investigação após ter liderado um protesto em uma igreja católica no início de fevereiro. Ao justificar a manifestação, a Arquidiocese de Curitiba cita o fato de Renato já ter pedido desculpas.
Em abril, a Arquidiocese de Curitiba se manifestou contra a cassação do petista. Em carta endereçada ao vereador Sidnei Toaldo (Patriota), a Arquidiocese pediu “medida disciplinadora proporcional ao incidente”.
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