Militância bolsonarista reage a novo ministro da Educação: “Perdemos o MEC”
Nome de Renato Feder não foi bem recebido entre os apoiadores da ala olavista – a mais radical – do governo
atualizado
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O nome do novo ministro da Educação, Renato Feder, foi bastante mal recebido pela militância bolsonarista nas redes sociais. O escolhido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para comandar o MEC é classificado pela rede de apoio ao presidente como “radical de esquerda”, “escolha do sistema” e “parceiro de [João] Dória”, governador de São Paulo e adversário político de Bolsonaro.
Para os adeptos da ala ideológica do governo, seguidores do guru da ala mais radical do bolsonarismo, Olavo de Carvalho, a escolha de Feder representa a “perda do MEC”.
“Perdemos o MEC, então perdemos a Guerra ideológica. Lamentável demais, um duro golpe em toda Direita nacional”, escreveu um usuário do Twitter em resposta à postagem da deputada Bia Kicis (PSL-DF), anunciando o novo ministro.
O perfil descrito como moderado e conciliador de Feder incomodou a militância olavista. “Vergonhoso! Entregar o MEC na mão de globalista é simplesmente aceitar a derrota e jogar fora todo o trabalho feito pelo Weintraub na guerra ideológica. Péssimo dia!”, reclama outro usuário da rede de microblogs. Veja algumas:
Alguns seguidores chegaram a apontar que a decisão não teria partido do presidente, mas de “forças ocultas” e militares. O núcleo olavista de apoiadores do presidente tem se mostrado crítico aos militares, que vêm ganhando poder e espaço no governo.
Após o fiasco da indicação de militares do nome de Carlos Alberto Decotelli para o lugar de Abraham Weintraub, porém, a influência da ala militar na gestão sofreu abalos e os olavistas da ala ideológica estão tentando aproveitar para retomar o terreno perdido.
Oficialmente, os seguidores de Olavo de Carvalho defendem o nome do secretário de Alfabetização do MEC, Carlos Nadalim, para o cargo.
Defensor do ensino em casa, Nadalim sofre resistência por ser um olavista “clássico”, muito identificado com as pautas do professor de filosofia on-line e visto pelos antiolavistas como uma continuação da gestão Weintraub.