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Milicianos ofereceram R$ 500 para quem incendiasse ônibus no Rio

Para receber o pagamento, os bandidos precisavam filmar os ônibus sendo queimados. Capital teve segunda-feira (23/10) de terror

atualizado

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1 de 1 imagem colorida de ônibus pegando fogo no Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Reprodução

Facções criminosas ofereceram R$ 500 por cada ônibus incendiado, nessa segunda-feira (23/10), no Rio de Janeiro. No total, 35 veículos acabaram destruídos em reação à morte do sobrinho do miliciano Luís Antônio Da Silva Braga, o Zinho, durante operação policial. As informações são do site G1.

Para receber o dinheiro, os bandidos deveriam filmar os incêndios aos ônibus na Zona Leste da capital. Além de repudiar a morte de Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” ou “Teteu”, o ataque seria para facilitar o escape de Zinho da prisão. O sindicato das empresas de ônibus da cidade, Rio Ônibus, estima prejuízo próximo a R$ 35 milhões. Um trem também foi queimado.

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Pelo menos 13 pessoas estão presas pela suspeita de atear fogo aos ônibus. Entre elas está Wellington Silva Mendes de Mesquita, 40 anos, apontado como o homem flagrado em vídeo jogando gasolina em um ônibus, antes de as chamas serem acesas. No fundo da gravação, é possível ouvir uma mulher gritando que há pessoas dentro do veículo.

Veja:

Desde então, o Ministério da Justiça e Segurança Pública reforçou a defesa do Rio de Janeiro, com 300 agentes da Força Nacional e 86 viaturas.

Intervenção federal

Apesar do terror vivido esta semana no Rio, o ministro Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, rejeitou a ideia de implementar uma intervenção federal no estado.

“Precisa de completa anomia e ausência do governo, coisa que não está configurada. Não há esse estudo, esse debate, e não teria base constitucional para a intervenção federal”, explicou Dino.

O ministro contou ter apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a sugestão de reforçar a segurança pública do Rio com as Forças Armadas “em algumas áreas”, mas ainda não houve anúncio sobre isso.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), também negou a necessidade de intervenção federal, apesar de classificar a crise de segurança como “muito grave”.

“Não é um fato isolado. Quem vive na realidade cidade, está lá no dia a dia, não só da cidade, mas da região metropolitana e do estado, vive uma situação de territórios dominados”, declarou Paes.

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