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Milícia de Zinho cobrava mensalidade da construção civil no Rio

Segundo Operação Dinastia 2, empreiteiras eram obrigadas a pagar para milícia construção em andamento, inclusive obras da prefeitura

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Na foto, Miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho
1 de 1 Na foto, Miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho - Foto: Reprodução

De acordo com a Operação Dinastia 2, deflagrada nesta terça-feira (19/12), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em parceria com a Polícia Federal (PF), a milícia de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, explorava o setor da construção civil por meio de taxas para cada tipo de obra. Grandes empreiteiras eram obrigadas a pagar, todo mês, por construção em andamento, e até mesmo por obras da Prefeitura do Rio.

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), por meio do material apreendido na 1ª fase da Operação Dinastia, em agosto de 2022, foi possível desvendar como o grupo criminoso cobrava empresários da construção civil.

De acordo com a investigação, uma “empresa foi montada para que fossem realizados os “controles de pagamento, dissimulação das cifras criminosas e até ‘embargo de obras’ em caso de inadimplemento”.

Nas tabelas, há parcelas de R$ 13 mil. Um subtotal mostra R$ 168 mil em um mês só com essas taxas

Até o momento, cinco pessoas foram presas de um total de 12 mandados de prisão. Dentre elas Alessandro Calderaro (Noque), Renato de Paula da Silva (RP) e William Pereira de Souza (Bolinho), responsáveis pelas extorsões. De acordo com a PF, o objetivo da 2ª fase da operação é desfazer o núcleo financeiro do grupo.

Os órgãos envolvidos na investigação afirmam que “toda a estrutura de imposição de taxas ilegais a grandes empresas e a pequenos comerciantes locais” e as contas correntes onde eram depositadas as quantias foram identificadas.

Zinho continua foragido.

O que diz a prefeitura do Rio sobre “mensalidade” da milícia

Em nota, a Prefeitura do Rio disse ter ciência “dessas intimidações feitas tanto pelo tráfico quanto pela milícia” e que “sempre orienta as empresas para que denunciem”.

E que “em agosto deste ano, por exemplo, funcionários da empresa Lytorânea que trabalhavam nas obras do Bairro Maravilha Sandá, em Bangu, foram agredidos por criminosos, e o registro foi feito na delegacia. O município também já tomou outras providências, como a retirada do valor investido das placas de obras”.

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