Milei: indígenas são expulsos de praça em 1ª operação anti-protesto
Governo de Javier Milei proíbe qualquer tipo de protesto que bloqueie ruas, mesmo que temporariamente. Participantes serão processados
atualizado
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Um grupo de indígenas que realizava um protesto em uma praça de Buenos Aires, na Argentina, foi expulso pela polícia neste sábado (16/12). Esta foi a primeira ação da nova política anti-protesto defendida pelo recém empossado presidente Javier Milei.
A ministra de Segurança Pública de Milei, Patricia Bullrich, criou um novo protocolo que proíbe qualquer protesto que bloquear ruas e avenidas, mesmo que momentaneamente.
Normalmente, a polícia desviava o trânsito para outras vias, enquanto a manifestação acontecia. Agora, a ordem é desfazer o bloqueio imediatamente. Os participantes desse tipo de protesto poderão ser processados e até multados.
Neste sábado, integrantes do movimento indígena Tercer Malon de La Paz encerrava um acampamento de 4 meses na praça Lavalee, em frente a Suprema Corte, quando foram surpreendidos por policiais.
Segundo o jornal Clarín, os indígenas realizavam uma manifestação contra uma reforma constitucional da província de Jujuy, que fica no norte do país.
Protocolo anti-protesto
A ação policial foi vista como o início do novo protocolo anti-protestos de Milei. As forças de segurança alegam que houve apenas uma “operação de limpeza”.
Um protesto contra a nova ordem foi marcado para o dia 20 de dezembro.
Essa proibição de protestos é uma interpretação das leis já existentes. Por isso, o governo não viu a necessidade de propor a criação de uma nova legislação sobre o assunto.