Milei volta a criticar Lula e o chama de “dinossauro idiota”
Javier Milei afirmou novamente que Lula tentou interferir nas eleições argentinas e classificou tentativa de golpe na Bolívia como “fraude”
atualizado
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Em mais um episódio da conturbada relação entre os presidentes da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Argentina, Javier Milei, o petista foi chamado de “perfeito dinossauro idiota” pelo companheiro de cargo.
O argentino fez uma publicação no X (antigo Twitter) com uma série de críticas a Lula, em temas envolvendo a tentativa de golpe de Estado na Bolívia, que ele classificou como “fraude”, e as eleições na Argentina.
Ele acusou o presidente de brasileiro de tentar interferir no pleito realizado no ano passado, em que ele acabou eleito.
“Se tivéssemos feito as coisas como esse grande dinossauro idiota disse, o LLA [partido La Libertad Avanzai] teria perdido. Não prestamos atenção nele e vencemos”, disse o presidente argentino.
“Depois dos ataques de Lula (especialmente sua forte interferência na campanha eleitoral e sólido apoio à campanha mais suja da história), ele reclama porque eu lhe respondo com sinceridade (ele foi preso por corrupção e é comunista)”, escreveu na publicação.
Lula diz que Milei deve desculpas ao Brasil
A fala é uma referência à declaração de Lula em entrevista recente. O petista disse que até hoje não conversou com o argentino por considerar que ele deve desculpas ao Brasil. Durante campanha eleitoral, o argentino chamou Lula de “corrupto” e “comunista”.
O argentino, no entanto, se negou a pedir desculpas.
“Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse… Comunista? Por acaso não é comunista? Desde quando tem de pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?”.
Milei viaja ao Brasil neste fim de semana para participar de uma conferência conservadora, em Balneário Camboriú (SC). Ele deve se encontrar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).