Rolê aleatório: entenda o caso das joias achadas sob a cama de Michelle e Bolsonaro no funeral da rainha
Ajudantes de ordem falam de joias esquecidas e equipe de Michelle conta que na verdade seria um presente de um anônimo para o rei Charles
atualizado
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Uma situação bastante inusitada envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e um presente que seria para o então príncipe Charles ocorreu durante o funeral da rainha Elizabeth II em Londres, em setembro do ano passado.
O Metrópoles revelou que uma caixa de papelão com joias foi esquecida debaixo da cama do quarto de Jair Bolsonaro e Michelle, na casa do embaixador do Brasil em Londres, quando o casal viajou para o sepultamento.
Em e-mails de ajudantes de ordem de Bolsonaro entregues para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro está escrito que essas joias esquecidas eram da então primeira-dama brasileira.
A caixa de papelão com as joias foi trazida ao Brasil por um sargento e colocada no cofre dos ajudantes de ordem. Por fim, foi entregue no Palácio da Alvorada para uma assessora de Michelle.
Presente para Charles
A reportagem do Metrópoles entrou em contato com os assessores de Michelle Bolsonaro para entender melhor essa história das joias esquecidas e se deparou com uma história bastante atípica.
Segundo a equipe de Michelle, houve um engano da equipe que trabalhava para o casal presidencial e essas joias na caixa de papelão não seriam da ex-primeira-dama.
Veja a nota completa:
Os assessores de Michelle afirmaram que as joias seriam, na verdade, “um adereço de pescoço, aparentemente de fabricação artesanal”.
Esse objeto teria sido entregue a uma assessora da ex-primeira-dama em Londres por uma pessoa que se encontrava no meio da multidão em um local por onde passaria o ex-casal presidencial. Ou seja, um anônimo teria entregue o adereço.
Um tempo depois, a assessoria de Michelle teria percebido que dentro do embrulho com o adereço havia um papel informando que o destinatário do presente era o atual rei Charles.
Vai e volta do Brasil
De acordo com a equipe de Michelle Bolsonaro, a assessora recebeu o presente para rei Charles “num gesto de gentileza e consideração”. O embrulho foi levado para a Embaixada do Brasil. E acabou indo parar no quarto do casal presidencial.
Ainda segundo os assessores da ex-primeira-dama, “ao que tudo indica”, um membro da comitiva responsável por checar os aposentos após a saída de Michelle e Bolsonaro teria pegado o embrulho e trazido para o Brasil supondo pertencer à primeira-dama.
Quando a equipe de Michelle recebeu o pacote e percebeu que o presente de Charles foi trazido por engano, o objeto foi entregue para um diplomata que teria sido enviado de volta para a embaixada do Brasil em Londres via mala diplomática.
“A partir desse momento, nem as assessoras, nem dona Michelle receberam mais informações sobre o caso”, informou a assessoria em nota.
Ação da PF
Ainda que o fato inusitado não esteja relacionado diretamente com episódios mais recentes, esta semana o tema joias acabou voltando a ficar em evidência em torno do casal Bolsonaro.
Isso porque a Polícia Federal deflagrou uma operação que investiga um esquema de venda de joias e presentes, dados a Bolsonaro por delegações internacionais, que estavam sendo desviados e vendidos nos Estados Unidos.
A PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão contra os suspeitos de envolvimento com o esquema. Foram alvos o ex-ajudantes de ordem, tenente-coronel Mauro Cid; o pai dele, general Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef.