MG: mais de 80 pessoas são presas por suspeita de incendiar veículos
De acordo com balanço da Polícia Militar, foram registrados 64 ataques a ônibus em 37 municípios do estado desde o último domingo
atualizado
Compartilhar notícia
Mais de oitenta pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na onda de ataques a ônibus, viaturas, prédios e espaços públicos em Minas Gerais. De acordo com balanço divulgado pela Polícia Militar de Minas Gerais na manhã desta sexta-feira (8/6) foram registrados 64 ataques a ônibus em 37 municípios do estado desde o último domingo. A maioria dos alvos são cidades do sul de Minas e Triângulo Mineiro. Até o momento, 82 pessoas foram presas.
Além destas prisões, 22 menores de idade foram apreendidos pela PM por suspeita de participação nos crimes. A PM também recolheu duas armas de fogo, materiais para queima e celulares durante as abordagens. Afirmando se tratar de informações estratégicas e operacionais, a Polícia Militar não divulgou detalhes das ocorrências envolvendo os últimos casos.Os incêndios, afirma o governador de Minas Fernando Pimentel (PT), são uma forma de retaliação de integrantes de facções devido ao “rigor aplicado pelo estado” nas prisões mineiras, após a instalação de bloqueadores de celulares. O governo, no entanto, não afirma qual facção estaria por trás das ações criminosas. Na última segunda-feira (4/6), o estado revelou que a onda de crimes foi ordenada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC).
Operação Weber
Nesta sexta-feira (8), a Polícia Federal, juntamente com as polícias civil e militar de Minas Gerais, deflagraram a Operação Weber em Uberaba, no Triângulo Mineiro, para prender integrantes do PCC.
Segundo informações da PF, o objetivo é “dar cumprimento a 17 mandados judiciais, sendo oito de prisão preventiva e nove de busca e apreensão, relacionados a investigação iniciada a partir dos recentes ataques a ônibus e instituições bancárias realizados na cidade de Uberaba-MG”.
De acordo com a PF, todos serão indiciados por integrar organização criminosa, dano qualificado e incêndio, com penas passíveis de chegar a 13 anos de prisão. O nome da operação, conforme a Polícia Federal, é referência ao sociólogo alemão Max Weber, que entre seus trabalhos abordou o uso da força pelo estado.