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MG: Lula naturaliza convívio com adversários e quem não “gostava” dele

Em visita a Minas Gerais, Lula disse não pedir para ser gostado pelos governadores, mas deseja uma “relação civilizada”

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1 de 1 Presidente Lula durante assinatura de Contratos de Concessão de Rodovias do Paraná - Metrópoles - Foto: <p>IGO ESTRELA/METRÓPOLES<br /> @igoestrela</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) naturalizou a convivência com “adversários” e quem “não gostava” dele. A fala ocorreu em evento em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (8/2), na primeira visita oficial de Lula a Minas Gerais neste mandato.

“Já convivi com tanta gente adversária, que não gostava de mim e eu também não fiz apreço de gostar”, afirmou, em palco com o governador Romeu Zema (Novo), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e 11 de seus ministros.

Segundo o presidente, ele nunca pediria para ser querido por um governador, porque “já sou casado”. “Quero que a gente construa uma relação civilizada. Dois políticos podem ser de partidos diferentes, ter religião diferente, torcer para times diferentes”, afirmou.

O chefe do Executivo também falou da relação com o Congresso Nacional, onde “o meu partido só tem 70 deputados e para aprovar as coisas temos que conversar. Conversar com quem não votou na gente, com relação de respeito”.

“As pessoas também não são obrigadas a votar no que o presidente manda, nem sempre o presidente é dono da verdade”, afirmou. O petista considerou dentro da normalidade as negociações entre Executivo e Legislativo.

Primeira visita de Lula a MG

Apesar de ter vencido em Minas Gerais nas eleições de 2022, a margem de diferença entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi apertada.

O estado é um reduto bolsonarista, sob a liderança de Zema, cotado para concorrer à Presidência em 2026, possivelmente contra o petista. Bolsonaro ainda estará inelegível.

No evento desta manhã, Lula reforçou não caber ao presidente da República “se preocupar a que partido pertence o governador, mas o povo do estado que elegeu o governador”.

“Já estive com muitos governadores de Minas Gerais, o último foi o companheiro Aécio [Neves]. A gente não faz diferença de tratamento nem para governador, nem para prefeito. Todas as políticas e programas foram compartilhados ou com governo, ou com prefeitos. Queremos que as obras sejam resultados das necessidades das cidades e não invenção do presidente”, falou.

No palanque, Zema também deu um discurso conciliador. “Dou as boas-vindas ao senhor nessa primeira visita a Minas Gerais nesse mandato. É o reconhecimento ao nosso estado”, afirmou.

“As obras, a geração de emprego e os investimentos não têm ideologia, o benefício é para todos. Por isso, presidente, fico muito satisfeito com sua visita” disse, antes de pedir por diálogo “sem extremismos”.

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