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“Meu lema é salvar vidas”, diz segurança que matou jovem em mercado

Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, postou a frase nas suas redes sociais

atualizado

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1 de 1 segurança1 - Foto: Reprodução

O segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, que matou o estudante Pedro Gonzaga com um golpe de mata-leão no supermercado Extra da Barra da Tijuca, na quinta-feira (14/2), tem orgulho de sua profissão. Em seus perfis em redes sociais, o segurança de 32 anos posta, recorrentemente, textos sobre sua rotina no trabalho. São informações do portal Extra.

Recentemente, ele postou uma foto uniformizado, com uma arma na mão e escreveu que “ser um segurança é conviver com a morte e não se abalar, é estar triste e não chorar, é estar acordado para que todos durmam tranquilos, é dar o seu melhor e não ser reconhecido”.

Nas redes sociais, Davi já usou, como a imagem principal de seu perfil, uma foto do ator Jean-Claude Van Damme, famoso por seus filmes de lutas. O segurança também é chamado de “Vandame” por amigos.

Davi conseguiu o emprego de segurança no Extra há um ano e quatro meses. Ele é contratado da empresa Grupe Protection. Antes, era bombeiro civil e também trabalhava em empresas que prestam serviços de segurança patrimonial para outras companhias. Em fevereiro de 2016, época em que ainda trabalhava combatendo incêndios, escreveu que seu “lema é salvar vidas”, num texto que fez em homenagem a um colega de trabalho mais velho.

A família
Depois da rotina de trabalho, o assunto mais recorrente nas redes sociais do segurança é sua família: ele tem duas filhas pequenas, cujas fotos são compartilhadas frequentemente, sempre com elogios. “Deus desenhou cada detalhe com um toque de amor, obrigado meu Deus por essa filha maravilhosa” foi a legenda de uma foto com uma das filhas que postou em março de 2016. Nos comentários de amigos e parentes, muito elogio ao pai “presente”.

O segurança também usa as redes sociais para postar conselhos e frases de auto-ajuda. “Não perca sua serenidade! Quando a irritação nos move, a saúde se descontrola, os órgãos se perturbam e sofremos terrivelmente”, escreveu no início de 2016.

Homicídio culposo
Davi foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e vai responder pelo crime em liberdade, após pagar fiança de R$ 10 mil. Na avaliação do delegado Cassiano Conte, responsável pelo caso na Delegacia de Homicídios da Capital (DH), o segurança “se excedeu na legítima defesa”.

Segundo o advogado de Davi, André França Barreto, ainda “não é possível afirmar que se tratou de asfixia”. “As imagens demonstram claramente que não houve “mata-leão”, até porque o Pedro Henrique estava de frente para o Davi. Em segundo lugar, há que se aguardar o laudo pericial, não sendo possível afirmar, neste momento, que se tratou de asfixia”, afirmou.

Veja o vídeo em que o segurança imobilizou o rapaz:

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