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Metalúrgicos da Ford ainda buscam manutenção da fábrica em Taubaté

Funcionários protestam, na câmara municipal, contra fim de operação da empresa no país, anunciado nesta semana

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Assembleia de trabalhadores da Ford, organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, que acontece na câmara Municipal da cidade, nesta quarta-feira (13). Após anos de perdas, agravadas pelo cenário de pandemia, a Ford anunciou na última segunda-feira (11) o fechamento de suas fábricas no Brasil, mais precisamente as operações nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (em Horizonte, CE) ainda em 2021.
1 de 1 Assembleia de trabalhadores da Ford, organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, que acontece na câmara Municipal da cidade, nesta quarta-feira (13). Após anos de perdas, agravadas pelo cenário de pandemia, a Ford anunciou na última segunda-feira (11) o fechamento de suas fábricas no Brasil, mais precisamente as operações nas plantas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller (em Horizonte, CE) ainda em 2021. - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Taubaté (SP) – O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Cláudio Batista, o Claudião, disse que a entidade ainda luta pela manutenção da fábrica da Ford na cidade. Segundo o sindicalista, em reunião com representantes do governo de São Paulo na terça-feira (12/1), uma das possibilidades discutidas é realocação e requalificação dos funcionários.

“Nós agradecemos o que eles estão fazendo, mas eles estão em um passo adiante. Nós ainda estamos em uma situação que a gente não aceita o fechamento da fábrica. A luta é para não fechar, estatizar, arrumar uma alternativa para o não fechamento da fábrica”, disse o sindicalista ao Metrópoles.

Para ele, a proposta de requalificação e realocação dos funcionários mostra que, para o governo paulista, o fechamento da fábrica já está definido. “E para nós não está extinta. Faz dois dias que a empresa anunciou o fechamento e para nós vamos fazer a luta por muito tempo para garantir a permanência da fábrica”, afirmou.

Trabalhadores da Ford em Taubaté, no interior de São Paulo, realizam na manhã desta quarta-feira (13/1) uma assembleia em frente à Câmara Municipal. O objetivo é sensibilizar os poderes públicos municipais diante da decisão da montadora de encerrar a produção no Brasil.

A fábrica de Taubaté emprega atualmente 830 trabalhadores. Na terça, grupos de 30 empregados começaram a se revezar em vigílias na porta da unidade.

No encontro, os metalúrgicos decidiram que pedirão uma audiência na Assembleia Legislativa. Também pretendem se reunir com governadores dos estados que terão unidades da Ford fechadas, e com as maiores centrais sindicais, para buscar alternativas para permanência da empresa.

Não há reunião prevista com a Ford, segundo o sindicalista. “A Ford não tem negociação. A negociação que queremos com ela é reabrir a planta”, disse.

Uma das ações já aprovadas é a criação de uma alíquota nos produtos da Ford, caso a produção seja encerrada no Brasil. “Queremos que o governo federal destine essa alíquota a todos os trabalhadores da Ford no país”, explicou.

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A reunião aconteceu na Câmara Municipal da cidade
Ford fechou as fábricas que mantinha no Brasil
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Segundo o sindicato, os funcionários da fábrica em Taubaté, há 53 anos na cidade, tinham estabilidade no emprego até o fim de 2021, devido a um acordo de redução de jornada e salários feito no ano passado, em razão da pandemia do novo coronavírus.

Além da unidade no interior paulista, a Ford fechará as duas outras fábricas no país, em Camaçari, na Bahia, e em Horizonte, no Ceará.

Serão mantidos pela montadora no país: a sede administrativa para a América do Sul, em São Paulo; o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia; e o Campo de Provas, em Tatuí (SP). A produção de veículos na região ficará concentrada na Argentina e no Uruguai.

Em comunicado, a empresa diz que a decisão foi tomada “na medida em que a pandemia de Covid-19 amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.

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