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Metade dos jovens com mais de 16 anos precisou buscar emprego na pandemia

Pesquisa TIC Covid-19 aponta que 48% deles precisa cuidar da casa, irmãos, filhos ou outros parentes e não assistem aulas remotas

atualizado

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Mulher no computador à noite
1 de 1 Mulher no computador à noite - Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

Dados da 3ª Edição do Painel TIC Covid-19 voltada ao Ensino Remoto e Teletrabalho, realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), publicada nesta quinta-feira (5/11), revelaram que 56% dos jovens com 16 anos ou mais não acompanharam as aulas ou atividades ofertadas pela escola ou universidade para procurar emprego.

A pesquisa foi feita com o público que teve a oferta de aula durante o período de isolamento social, mas não acompanhou as atividades. Em sua maioria, são estudantes que estão matriculados em escolas de ensino médio ou universidades.

O estudo levou em conta que parte dos usuários da internet não estavam preparados para realizar atividades remotas e foram pegos de surpresa com a pandemia de Covid-19, que obrigou vários setores a desempenharem as funções de dentro de casa.

A falta de estrutura e a fragilidade de algumas pessoas, principalmente de classes sociais mais baixas, também influenciaram na tentativa de migração desses alunos para o mercado de trabalho.

“Parte daqueles estudantes, ou as suas famílias, que foram afetados pelo desemprego tiveram que ir atrás de trabalho. Isso é um reflexo de tudo que a pandemia afetou e também de uma vulnerabilidade de parte da população que simplesmente não tinha condições de continuar trabalhando e obtendo renda por meio de trabalho remoto”, destaca Fabio Storino, analista do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação.

Fabio também afirma que uma grande proporção da população, apesar de ter acesso à internet, encontra problemas para realizar uma atividade que é muito intensiva, como as aulas por vídeo.

Ele explica que 54% dos alunos das classes D e E acompanharam as aulas por meio de um celular, sendo que muitos usaram de uma conexão de dados, que muitas vezes tem limite de franquia da operadora. Isso acaba inviabilizando a prática do ensino a distância.

Teletrabalho

A pesquisa apontou que 38% dos usuários de internet que trabalharam durante a pandemia realizaram trabalho remoto e, entre entre esse percentual, 82% o fizeram em consequência da pandemia.

Outro dado que chamou a atenção foi a diferença de aparelhos utilizados para acessar a internet entre as classes econômicas. A parcela dos usuários das classes sociais A e B que usaram o computador para realizar o trabalho remoto é de 77%. Enquanto nas classes D e E, 84% das pessoas tiveram que o aparelho celular como meio de exercer o teletrabalho.

 

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De acordo com o Sinpro, a maioria das vítimas são docentes aposentados
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A diferença de estrutura e na qualidade de internet influencia diretamente a experiência de ensino remoto

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