Metade dos alvos de operação da PF foi investigada pela CPMI do 8/1
Operação da PF investiga suspeitos de tentativa de golpe de Estado. Dos 24 alvos, 12 foram investigados pela CPMI do 8/1 no Congresso
atualizado
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Metade dos alvos de operação da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado foi investigada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8/1 do Congresso Nacional.
O dado foi relembrado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI. A operação Tempus Veritatis da PF foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (8/2) e mirou 24 alvos.
Do total, 12 foram citados no relatório final elaborado por Eliziane. Além disso, os 12 nomes mencionados no parecer, dez compõem a listacom pedidos de indiciamento.
Veja:
Alvos da PF investigados pela CPMI do 8/1:
- General Estevam Cals Theophilo Gaspar de
Oliveira - Rafael Martins
Alvos da PF com pedidos de indiciamento pela CPMI do 8/1:
- Jair Bolsonaro
- Walter Braga Netto
- Augusto Heleno
- Anderson Torres
- General Paulo Sérgio Nogueira
- Almirante Almir Garnier Santos
- Tércio Arnaud Thomaz
- Filipe Martins
- Marcelo Câmara
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Amauri Feres Saad
Nas redes sociais, Eliziane Gama exaltou o trabalho da CPMI. “Dos 24 alvos da PF na operação de hoje, 12 foram investigados pela CPMI do 8 de janeiro. E contra dez deles pedimos o indiciamento no relatório final. Instituições livres e atuantes = democracia forte”, escreveu no X (antigo Twitter).
Operação Tempus Veritatis
Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que políticos e militares se aliaram para uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. O objetivo, segundo as apurações, era manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e colocar em dúvida o resultado das eleições realizadas em 2022.
Além de Bolsonaro, estão na mira da PF nesta quinta o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; e ox ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa e Casa Civil) e Anderson Torres (Justiça). Dos alvos, ao menos 16 são militares.
Foram presos Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens. Também foram detidos os militares Bernardo Romão Corrêa e Rafael Martins.
São cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, como a probição de manter contato com demais investigados, proibição de sair do país e suspensão do exercício de funções públicas.