Metade dos acordos de trabalho reduz salário e suspende contrato
As medidas adotadas pelos patrões ficam asseguradas pelo governo federal, segundo a MP 936, que permite o corte em até 70%
atualizado
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No período em que empresas buscam alternativas para conter a crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus, mais de metade das negociações em convenções e acordos coletivos envolvem redução de jornada e salário e suspensão do contrato.
As medidas ficam asseguradas pelo governo federal, segundo a MP 936, que permite o corte em até 70%. Os dados são da pesquisa Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), divulgados nesta quinta-feira (23/04).
O estudo analisou, entre março e 17 de abril, 1.045 cláusulas. Dessas, 18% acordaram a redução de jornada e 17,9% pela redução de salário. Outros 17,3% suspenderam os contratos.
O levantamento mostra que o setor de bares, restaurantes e hotéis é o que mais tem negociado as jornadas, com 22% do total. Em seguida, sofreu redução a área de transporte, armazenagem e comunicações (21,6%) e comércio atacadista e varejista (12,9%). Confecções, vestuário, calçados e artefatos de couro ficaram com 11,8% do total de negociações.
De acordo o Ministério da Economia, mais de 1,7 milhão de pessoas tiveram corte na jornada de trabalhado ou o contrato suspenso.