Mesmo delator, Cid não deixou de ser indiciado por trama golpista
Tenente-coronel foi alvo de diferentes investigações da PF e acabou indiciado por tentativa de golpe com Jair Bolsonaro
atualizado
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Ex-chefe da ajudância de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, é um dos 37 indiciados por fazer parte da trama golpista para o ex-presidente permanecer no poder e impedir a posse de Lula como presidente.
Cid ajudou na investigação e fez uma delação premiada depois de ser preso temporariamente pela PF. No entanto, ser delator não impediu seu indiciamento. Agora, ele pode ser tornar réu e responder criminalmente por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O militar inclusive foi interrogado pelo relator do caso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, na tarde desta quinta-feira (21/11). Existe a suspeita de que Cid omitiu informações importantes sobre a trama golpista em sua delação. Moraes, porém, manteve a validade da delação.
A Polícia Federal concluiu o inquérito que apurava uma tentativa de golpe no Brasil, e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e pessoas próximas dele, como os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto.
Segundo as investigações, os golpistas se dividiam em seis núcleos: o de desinformação, o de incitação aos militares, o jurídico, o de inteligência paralela e o dois operacionais.