Mesmo com proibição, Apple lança iPhone 14 sem carregador e a R$ 7.599
Em mais um capítulo da batalha judicial entre a Apple e o Ministério da Justiça, o órgão penalizou a empresa, pela venda sem carregador
atualizado
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Depois que o Ministério da Justiça determinou multa de R$ 12,3 milhões à Apple, por vender celulares sem os acessórios, a empresa lançou o iPhone 14. O aparelho chegará ao Brasil custando, no mínimo, R$ 7.599. A versão mais completa (Pro Max com 1tb de memória) pode chegar a R$ 15.499. A novidade foi anunciada na quarta-feira (7/9), durante conferência em Cupertino, na Califória, Estados Unidos, onde a Apple é sediada.
A empresa foi multada no Brasil por vender celulares sem o carregador e a comercialização chegou a ser proibida pelo Ministério da Justiça. Mas a Apple disse, em nota, estar confiante em ganhar o processo (veja abaixo).
Mesmo com a multa e a proibição, o grupo lançou, além do iPhone 14, os aparelhos iPhone 14 Plus, iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max no mercado mundial. As diferenças de tamanho vão variar de 15,5 cm (6,1 polegadas) a 17 cm (6,7 polegadas). Em relação à capacidade de armazenamento, os aparelhos virão com memórias de 128 GB a 1 TB.
No site brasileiro da empresa da maçã, os celulares já são comercializados. Veja abaixo algumas de suas funções:
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Tela de 6,7 polegadas ou 6,1 polegadas e tela super retina XDR
- SOS de Emergência e detecção de acidente
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Sistema avançado de câmera dupla, grande-angular de 12 megapixels, além de lente ultra-angular. A câmera frontal conta com TrueDepth e foco automático
- Até 26 horas de reprodução de vídeo
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Chip A15 Bionic, com GPU de 5 núcleos
- Face ID e 5G ultrarrápido
No site, o conteúdo da caixa do iPhone contém apenas o aparelho e o cabo de USB-C. O adaptador de energia, no entanto, não está incluso.
“Como parte dos nossos esforços para neutralizar as emissões de carbono até 2030, o iPhone 14 e o iPhone 14 Plus não vêm com adaptador de energia nem EarPods. O conteúdo da caixa inclui um cabo de USB‑C para Lightning compatível com recarga rápida e com adaptadores de energia USB-C e portas de computador”, justifica.
“Sugerimos a reutilização de seus cabos de USB‑A para Lightning, adaptadores de energia e fones de ouvido compatíveis com esses modelos de iPhone. Mas, se precisar de novos adaptadores de energia ou fones de ouvido da Apple, eles estão disponíveis para compra”, pontua a empresa, na página de venda.
Decisão da Senacom
Na decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o órgão pontua que a Apple transfere a responsabilidade ambiental apenas para o consumidor.
“A supressão do fornecimento do carregador de bateria ignora o pressuposto de que a assunção dos custos sociais se opera por internalização deles pelo fornecedor/poluidor, em vez de sua transferência a outros sujeitos”, defende a Senacom.
Ainda no dia da aplicação da multa, a Apple informou que recorreria da penalidade: “Já ganhamos várias decisões judiciais no Brasil sobre esse assunto e estamos confiantes de que nossos clientes estão cientes das várias opções para carregar e conectar seus dispositivos”, disse a Apple em nota. O prazo legal do recurso administrativo é de 10 dias.