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Mesmo com novos leitos, UTIs para Covid seguem sobrecarregadas em GO

Taxa de ocupação oficial de leitos está em 96%, mas sistema está colapsado com 555 pacientes na fila por vaga de UTI ou de enfermaria

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paciente de covid na UTI do Hospital Santa Bárbara em goiania
1 de 1 paciente de covid na UTI do Hospital Santa Bárbara em goiania - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – Dois dias depois de Goiás abrir mais 68 vagas em unidade de terapia intensiva (UTI) para Covid, o estado continua, nesta segunda-feira (15/3), com alta demanda na rede hospitalar. A taxa de ocupação desses leitos está em 96,9%, de acordo com painel eletrônico oficial, atualizado em tempo real pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Mesmo com aumento da quantidade de leitos, 308 pessoas com a doença estão na fila de espera por leito de UTI para Covid-19, em Goiás, segundo o Complexo Regulador Estadual (CRE). Outras 247 aguardam vagas em enfermarias.

Cada uma das 555 pessoas deve passar por análise de técnicos da secretaria antes de ser encaminhada a hospitais exclusivos para tratamento de pacientes com a doença.

No total, o estado tem 451 leitos de UTI para Covid na rede pública, considerando os que passaram a funcionar no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), inaugurado, em Uruaçu, no último sábado (13/3), pelo governador Ronaldo Caiado. A unidade, destinada exclusivamente para pacientes com a doença, tem, ainda, 118 vagas de enfermaria.

 

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Ao todo, de acordo com o painel eletrônico da SES, às 11h15 desta segunda-feira, o estado também está com 89.59% de taxa de ocupação de enfermarias para Covid. Assim, mantém índice semelhante aos que foram registrados mesmo antes da abertura de novos leitos dessa modalidade.

No geral, a taxa de ocupação de leitos voltados para Covid está em 92,92%. Em toda a rede pública do estado, apenas 70 leitos estariam disponíveis. No total, Goiás tem 989 leitos exclusivos para pacientes com o novo coronavírus.

 

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Na fase mais crítica da Covid, em Goiás, pacientes em estado grave chegaram a ser intubados nas enfermarias
Profissionais de saúde atuam em UTI Covid em Goiânia
Internação de paciente com Covid em Goiânia
Hospitais de Goiás registraram desabastecimento de insumos básicos, como seringas, relaxantes musculares e medicamentos, devido à pandemia
Paciente interno em UTI Covid em Goiás
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Paciente sendo intubada no pronto-socorro de um hospital particular de Goiânia

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Na fase mais crítica da Covid, em Goiás, pacientes em estado grave chegaram a ser intubados nas enfermarias

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Profissionais de saúde atuam em UTI Covid em Goiânia

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Internação de paciente com Covid em Goiânia

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Hospitais de Goiás registraram desabastecimento de insumos básicos, como seringas, relaxantes musculares e medicamentos, devido à pandemia

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Paciente interno em UTI Covid em Goiás

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Paciente internado em Goiânia

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"Tragédia nunca antes vista", declarou promotor em petição, sobre superlotação de unidades de saúde em Inhumas no ápice da pandemia do coronavírus em Goiás

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Paciente com Covid enfrenta fila por vaga em leitos especializados em Goiânia

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HCAMP de Goiânia é uma das unidades de referência no tratamento a pacientes com Covid

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Agonia na fila

Apesar de a taxa de ocupação de UTI e de enfermaria não atingirem oficialmente 100%, pacientes graves com a doença ainda esperam em unidades de saúde de Goiás pela liberação de leitos após cada caso ser analisado pela equipe técnica da secretaria, como vem mostrando o Metrópoles nas últimas semanas.

Em nota, a secretaria informou que nenhuma das pessoas na fila por vaga está sem atendimento. Segundo a pasta, elas “recebem assistência em leitos que não são exclusivos para coronavírus nas unidades de origem do pedido até que sejam transferidas para hospitais dedicados aos casos confirmados de Covid-19”.

O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), que reúne 33 unidades de saúde, Haikal Helou, reafirmou ao portal que todos os leitos da rede particular continuam ocupados.

Suspensão de atendimento

“Os associados da Ahpaceg continuam enfrentando sobrecarga devido à grande velocidade de propagação de casos de Covid-19 em todo o estado”, disse. De acordo com o presidente, o sistema de saúde goiano está “colapsado”.

Em nota divulgada no Instagram da associação, o representante da rede privada afirmou que, “em alguns momentos, hospitais estão sendo obrigados a suspender temporariamente o atendimento no pronto-socorro por total incapacidade de receber novos pacientes, por falta de profissionais, equipamentos e insumos para garantir a assistência a essas pessoas”.

A suspensão de atendimento em pronto-socorro da rede particular fez o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) recomendar a hospitais de Goiânia a manterem em funcionamento unidades de pronto-socorro por se tratar de serviço essencial.

Risco de subnotificação

Na recomendação, enviada na última sexta-feira (12/3), os promotores Antônio de Pádua Rios e Susy Áurea Carvalho Pinheiro ressaltaram que a negativa de atendimento pode gerar subnotificação de casos da Covid-19.

“Os hospitais, em que pese fazerem parte da rede privada, devem obedecer às normativas do Sistema Único de Saúde (SUS), pois integram também a Saúde Suplementar”, diz um trecho do documento.

Em Goiás, de acordo com monitoramento da secretaria, já foram registrados 433.706 casos de Covid-19, com 9.572 mortes. Outros 246 óbitos estão em investigação. A taxa de letalidade da doença subiu para 2,21%.

A situação de risco iminente de colapso fez o governo do estado reforçar, nas redes sociais, o apelo aos goianos para cumprirem distanciamento social e seguirem as demais recomendações das autoridades sanitárias, para evitar a disseminação acelerada da Covid.

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