Mesmo com falhas, MEC mantém inscrições no Sisu para terça-feira
Funcionários do Inep passaram a madrugada identificando falhas em contabilização de notas que podem afetar até 40 mil candidatos
atualizado
Compartilhar notícia
Apesar das falhas relacionadas aos gabaritos dos estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mantiveram a data para a inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
O programa utiliza as notas do Enem para a seleção. Esse é o sistema informatizado do Ministério da Educação, no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas em universidades públicas de todo o país.
O Sisu 2020 abrirá o período de inscrições na próxima terça-feira (21/01/2020) e encerrará às 23h59 de sexta-feira (24/01/2020). Mesmo com as falhas, o governo não cogita alterar o prazo.
“Até segunda-feira, a inconsistência terá sido resolvida. Não tenho o que me leve a cogitar a mudança de data”, ponderou o presidente do Inep, Alexandre Lopes, neste sábado (18/01/2020).
A inscrição é feita pela internet com a nota do Enem, que foi divulgada nesta sexta-feira (17/01/2020). No site do Sisu, é possível escolher duas opções de cursos. Quem teve melhor pontuação no Enem tem mais chances de conquistar a vaga.
No site do Sisu, é possível consultar informações detalhadas das 237 mil vagas. Lá, estão disponíveis dados (número de vagas, campus, modalidade e turno da vaga desejada) e o modo de concorrência.
No Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu que houve “inconsistências” em algumas provas. O problema, segundo ele, será resolvido rapidamente e pediu desculpas.
“Até segunda, tudo certo”
Segundo Weintraub, o problema ocorreu na correção da segunda prova. “É uma inconsistência fácil de ser consertada. Não pode haver uma injustiça como essa. Ninguém será prejudicado”, destacou.
Assim que as notas individuais foram divulgadas, relatos de avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos ou notas próximas a zero com número alto de acertos começaram a aparecer nas redes sociais.
Para o Inep, menos de 1% dos candidatos foram afetados — cerca de 40 mil pessoas. Ao todo, 4 milhões de alunos fizeram a segunda prova do exame. A dimensão do problema ainda está sendo levantada.
Segundo ele, funcionários do Inep passaram a madrugada identificando ao menos quatro falhas em contabilização de notas. O problema ocorreu com a cor da prova que o aluno fez. Por exemplo, o aluno respondeu a prova cinza e teve a nota corrigida pelo gabarito da prova amarela.