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Mesmo com Exército, Rocinha registra mais uma madrugada de tiroteio

A Polícia Militar informou que os tiros foram ouvidos, por volta das 4 horas, mas não há informações de feridos

atualizado

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1 de 1 exercito rio - Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

Após horas de tranquilidade, novos tiroteios foram ouvidos na madrugada, deste sábado (23/9) na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. A Polícia Militar (PMERJ) informou que os tiros foram ouvidos, por volta das 4 horas, mas não há informações de feridos.

O tiroteio teve início depois que um taxista foi rendido por bandidos no Jardim Botânico. O refém foi levado para a comunidade do Horto, onde traficantes tomaram posse do veículo e seguiram em direção à Favela da Rocinha. A PM do Rio de Janeiro informou que os bandidos estavam com fuzis e entraram em confronto com os policiais. Por precaução, o Túnel Zuzu Angel, que liga as zonas sul e oeste, ficou interditado, nos dois sentidos, por pelo menos uma hora.

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O governo autorizou a presença das Forças Armadas na região
Nas ruas o Exército e a comunidade convivem em meio à ameaça de novos confrontos
A violência assusta os moradores, que tentam manter a rotina
Cerca de 950 homens do Exército participam das operações na Rocinha e o governo afirmou que 3 mil estão de prontidão para atuarem no local
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No quinto dia de operações da Polícia Militar na comunidade da Rocinha, dois tiroteios já foram registrados

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O governo autorizou a presença das Forças Armadas na região

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Nas ruas o Exército e a comunidade convivem em meio à ameaça de novos confrontos

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A violência assusta os moradores, que tentam manter a rotina

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Cerca de 950 homens do Exército participam das operações na Rocinha e o governo afirmou que 3 mil estão de prontidão para atuarem no local

Silvia Izquierdo/AP/AE

Neste sábado, as Forças Armadas realizam o segundo dia de ocupação na Favela da Rocinha. Há uma semana, facções rivais iniciaram a disputada pelo controle do tráfico de drogas na favela com tiroteios, mantendo a população apreensiva.

Relembre
Depois de quase uma semana de tiroteios no Rio, as Forças Armadas foram chamadas nesta sexta-feira, 22, para cercar a Rocinha – a mais conhecida comunidade da capital -, diante do reconhecimento de que o Estado perdeu o controle na guerra deflagrada pelo crime. Ao todo, 950 homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estão mobilizados, além de dezenas de blindados e helicópteros. Mais três batalhões do Exército, que somam quase 3 mil homens, estão prontos, caso a situação se agrave.

Entenda o que desencadeou a onda de violência na Rocinha
A atual onda de intensos tiroteios na Rocinha começou no domingo passado (17) quando o chefe do tráfico de drogas no morro, Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, se desentendeu com o seu antecessor, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso desde 2011. No domingo, os tiroteios deixaram um morto.

Nem estaria insatisfeito com a atuação de Rogério 157 e teria tentado expulsar o seu grupo da favela, por meio de ordens dadas de dentro da prisão. A relação pode ter piorado depois da união da ADA com a facção paulista PCC. Já Rogério teria matado aliados de seu antecessor e mandado expulsar Danúbia de Souza Rangel, mulher de Nem, do morro.

Em represália, Nem teria incitado criminosos da ADA de outros morros, como Vila Vintém, Morro dos Macacos e São Carlos a tentar retomar a favela. A tentativa, porém, foi frustrada, e Rogério continua no alto do morro, segundo informações da Polícia. Danúbia, que é foragida e ostenta alto poder aquisitivo nas redes sociais, também estaria no local. Os dois corpos carbonizados encontrados pela polícia seriam do grupo de Rogério.

Na segunda-feira, 18, o porta-voz da Polícia Militar do Rio, major Ivan Blaz, e o delegado-titular da 11ª DP (Rocinha), Antônio Ricardo, admitiram que sabiam que poderia haver confronto entre traficantes na Rocinha no dia anterior.  Blaz afirmou que a Polícia Militar não agiu com mais força para acabar com o confronto porque a intervenção poderia vitimar moradores. Já Ricardo acrescentou que não sabia que o confronto, que durou cinco horas, “seria desta proporção”.

Na quarta-feira, 20, o governador do Rio afirmou que soube na madrugada do domingo que haveria confronto entre traficantes e pediu que a polícia não interviesse, o que causou polêmica.

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