Mesmo com avanço da vacinação, MA, PR e RJ têm alta de casos de Covid
Os três estados apresentam crescimento de 15% ou mais na média móvel de infecções em relação ao verificado há duas semanas
atualizado
Compartilhar notícia
A quantidade de casos confirmados de Covid-19 está em crescimento em três estados brasileiros mesmo com o avanço da vacinação. A média móvel de novos casos da doença é pelo menos 15% maior do que há 14 dias no Maranhão, Paraná e Rio de Janeiro.
Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás. Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles. Eles utilizam as informações do balanço divulgado diariamente pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
O gráfico a seguir mostra a evolução na quantidade de casos diários da doença desde o início da pandemia de Covid-19
Unidos no crescimento de casos, Maranhão, Paraná e Rio de Janeiro têm situações distintas quando o quesito é o percentual de vacinados da população adulta. Quando o critério utilizado é a primeira dose, o Paraná tem o quinto melhor cenário do Brasil, com 53,2% dos adultos. O Rio de Janeiro está em 10º, com 47,7%; e o Maranhão ocupa a 22ª posição, com 42,5%. A média nacional é de 50,4%.
Se o quesito é a segunda dose, o Paraná cai para sétimo, com 21,7% da população totalmente imunizada. Já o Rio de Janeiro, com 20,9%, sobe para a nona posição. O Maranhão, por sua vez, cai para 23º, com 16,2%. No país, o percentual da população adulta imunizada com duas doses é de 21,4%.
O gráfico a seguir mostra a tendência na evolução dos casos de Covid-19 para cada estado, além do percentual da população com primeira e segunda dose.
“Temos de lembrar que a pandemia não acabou. Está ocorrendo transmissão do vírus na comunidade. Em algumas cidades, temos observado aumento no número de casos”, apontou o médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Julival Ribeiro.
“Vale salientar que o maior impacto na transmissão do vírus é a vacinação em massa, só assim teremos resultado e só após a completa imunização”, afirmou. A imunização acontece depois da aplicação das duas doses do imunizante, com exceção da vacina da Janssen, que é de dose única.
Enquanto isso não ocorre para um parcela muito grande da população, “as medidas preventivas são essenciais para evitar a transmissão do vírus”, concluiu o médico.