Mercadante diz que houve reforço na articulação política para PEC
Segundo o ex-ministro e coordenador dos grupos temáticos da transição, outras alternativas não estão postas no momento
atualizado
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O coordenador dos grupos temáticos do Gabinete de Transição, Aloizio Mercadante, disse nesta sexta-feira (25/11) que houve reforço no trabalho de articulação política para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante verbas dos programas sociais a partir do ano que vem. Na quinta-feira (24/11), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, admitiu que a equipe de transição de governo não calculou bem a dificuldade de aprovar a PEC da Transição.
Segundo Gleisi, a PEC da Transição está travada “por falta de articulação no Senado”, mas “outras saídas” podem entrar no radar. Questionado sobre o assunto nesta sexta, Mercadante respondeu que o diálogo “evoluiu bem”.
“Nós estamos trabalhando, foi reforçado o trabalho de articulação política. A articulação política no Congresso tem que fazer quem tem mandato, o Humberto [Costa, senador] é um deles. Tem que ser senadores e deputados. Eu não participo desse trabalho, mas as informações que temos tido é que evoluiu bastante o diálogo e a construção do entendimento para aprovação. Esse é o esforço, essa é a prioridade, essa é a estratégia”, afirmou Mercadante em coletiva de imprensa na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
“Sobre eventuais alternativas, eu acho que não estão postas na mesa nesse momento, todo esforço está em relação a construir uma maioria e uma urgência para aprovar no Senado e na Câmara”, completou. Uma das alternativas que é aventada, caso a PEC não seja aprovada até o final deste ano, é a edição de Medida Provisória (MP) em 1º de janeiro de 2023.
Mercadante participou de coletiva nesta sexta ao lado dos ex-ministros da Saúde e integrantes do GT da Saúde Humberto Costa (PT-PE), Arthur Chioro e José Gomes Temporão, para um balanço dos trabalhos do grupo até o momento.
GT da Defesa
Mercadante disse ainda que pode ser que definições sobre o grupo temático da Defesa podem ser apresentadas ainda nesta sexta. Esse é o único GT que ainda não teve indicação formal de integrantes.
“Nós já temos tido diálogo e conversas com ex-comandantes e várias lideranças importantes das Forças Armadas. E eu diria que de forma muito breve, talvez ainda hoje, essas informações sejam disponibilizadas pelo coordenador do grupo de transição, que é o nosso vice-presidente Geraldo Alckmin”, afirmou o coordenador dos grupos temáticos. Nesta sexta, Alckmin está em São Paulo para reuniões internas, entre elas uma com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Mercadante, também tem sido conduzidas conversas com pesquisadores, mas a prioridade são os ex-comandantes, generais, brigadeiros e almirantes que estão ou estiveram à frente das Forças.