Menino Yanomami de 3 anos morre vítima de malária e pneumonia
Em ais um capítulo da crise que vive a etnia, STF cobra explicações do governo federal, enquanto MPF pressiona o Ministério da Saúde
atualizado
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Um menino indígena de 3 anos, da etnia Yanomami, morreu com suspeita de malária e pneumonia. A informação foi confirmada pelo Conselho de Saúde Indígena Yanomami.
A morte teria ocorrido na quarta-feira (17/11). A etnia, que vive na divisa do Amazonas com Roraima, atravessa um surto de malária e sofre com a desnutrição. Esse é mais um capítulo da crise que vive a etnia.
Na quarta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, deu cinco dias para governo federal prestar esclarecimentos sobre a situação na região.
A decisão do magistrado ocorreu após ação impetrada pelo líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em 15 de novembro. A ação ocorre após denúncias de negligência da atual gestão no atendimento à comunidade indígena.
Reportagem do Fantástico, da TV Globo, revelou que os povos tradicionais indígenas sofrem com o abandono e a inação do Executivo federal no combate aos garimpos ilegais, que ameaçam a sobrevivência e a continuidade das comunidades indígenas da Amazônia.
O telejornal mostrou a situação precária na maior reserva indígena do país: crianças desnutridas, doentes e sem atendimento médico.
O MPF cobrou do Ministério da Saúde um plano de reestruturação de atendimento que reforce a assistência à saúde das populações indígenas Yanomami.
As unidades do MPF em Roraima e na Amazônia têm mais de 20 ações sobre ataques de garimpeiros, omissão de socorro e morte de indígenas. A intenção é conseguir uma ampliação no quadro de profissionais que atendem na saúde Yanomami.
O MPF recomenda ainda auditoria nas contas do distrito sanitário que cuida da saúde dos indígenas na Amazônia.