Menino viu irmã ser atacada por pit-bull no RJ: “Estava na boca dele”
Ana Karen Oliveira, de 1 ano e 10 meses, está internada no CTI em coma induzido. Menina deve realizar, ao menos, cinco cirurgias no rosto
atualizado
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Rio de Janeiro – O ataque de um pit-bull a uma criança de 1 ano e 11 meses, em Niterói, município do Rio de Janeiro, foi presenciado pelo irmão da menina, de apenas 3 anos. De acordo com testemunhas, a criança teria visto a irmã na boca do animal e alertou à família.
Em entrevista ao Extra, um familiar das crianças, que preferiu não ser identificado, contou sobre o momento:
“Foi tudo muito rápido. O irmão gritou, falando da Ana. Ela já estava na boca do cachorro, que agarrou o queixo dela e segurava com muita força. A gente batia nele, mas não soltava. Ela também foi arrastada, até que conseguimos tirar. Levamos primeiro para o chuveiro, porque estava com muito sangue. Em seguida, fomos direto para o hospital”.
Ana Karen Oliveira Ximenes foi encaminhada ao Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em Niterói, onde permanece internada em coma induzido. Segundo informações do Extra, Ana Karen tem múltiplas lesões no rosto e na região cervical.
Cinco cirurgias
A menina foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e deve passar por, ao menos, cinco cirurgias apenas no rosto. Apesar da gravidade, Ana Karen respira sem ajuda de aparelhos.
Segundo o parente, o cachorro pertence ao dono da casa onde vive uma avó da criança, identificado como Antônio Robison Alves, de 30 anos. O animal teria se soltado sozinho da coleira e atacado a criança.
“O dono disse que cria o cachorro desde pequeno e que gostava muito dele, que nunca imaginou que isso pudesse acontecer. Ele acompanhou tudo e está nos auxiliando. E contou que também tem uma filha, que não saberia o que fazer se fosse com ela”, afirmou o rapaz.
O homem se apresentou espontaneamente como dono do animal e foi direcionado à 76ª DP (Icaraí), onde foi autuado por omissão de cautela. Ele vai responder em liberdade. A pena para este crime é de até dois meses de reclusão ou multa, e pode ser revista no caso de morte da vítima.