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Menino de 10 anos que comeu bolo com arsênio tem alta da UTI

Menino é um dos membros da família que passou mal após comer um bolo na véspera do Natal. Três pessoas morreram

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1 de 1 Imagem colorida de bolo que fez família passar mal e ao lado, substância arsênio - Metrópoles - Foto: Reprodução/Getty Images

O menino de 10 anos que ficou internado após comer bolo com arsênio em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme o boletim médico do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, divulgado na terça-feira (31/12). Ele seguirá internado com acompanhamento da pediatria do hospital.

A criança é um dos membros da família que passou mal após comer um pedaço do bolo em um café da tarde em 23 de dezembro. Três pessoas morreram, incluindo a avó do garoto, Neuza Denize Silva dos Anjos, a terceira das vítimas.

Ainda segundo o boletim médico, a mulher que fez o bolo, identificada como Zeli dos Anjos, de 60 anos, segue internada por intoxicação alimentar em estado estável, mas teve piora da função ventilatória.

Das sete pessoas que comeram o bolo, apenas o menino e Zeli seguiam internados até esta quarta (1º/1).

Análises preliminares feitas no hospital, divulgadas na última sexta-feira (27/12), identificaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes. A substância tóxica pode ter causado a morte das pessoas.

Polícia investiga o caso

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Em nota enviada ao Metrópoles, a corporação afirma considerar a hipótese de intoxicação alimentar por uso de produtos vencidos. No entanto, não descarta a hipótese de envenenamento.

“A Delegacia de Polícia Civil de Torres, através do Delegado de Polícia Titular Marcos Vinicius Muniz Veloso, informa que nenhuma hipótese está descartada no atual momento da investigação. A equipe de policiais civis está trabalhando de forma ininterrupta para que possamos elucidar o fato, além de aguardar a juntada das provas periciais”, afirmou a PC em nota.

Segundo o delegado Marcos Vinicius, há indícios que dão ao episódio contornos mais complicados. Isso porque o marido da mulher que preparou o bolo, Zeli, faleceu em setembro passado, também com quadro de intoxicação alimentar.

À época, a morte foi considerada natural. Agora, o corpo dele será exumado para verificar a possibilidade de envenenamento.

De acordo com a polícia, Zeli foi quem ingeriu a maior quantidade, consumindo duas fatias, o que resultou em uma concentração maior de arsênio no sangue.

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