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“Menina forte”, diz mãe sobre filha que morreu à espera de transplante

Isadora de Almeida, de 17 anos, tinha problemas no coração e sofreu um mal súbito na casa de sua tia em Santos, litoral de São Paulo

atualizado

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Arquivo Pessoal
Isadora estava na fila da Central de Transplantes de São Paulo desde 26/6/20
1 de 1 Isadora estava na fila da Central de Transplantes de São Paulo desde 26/6/20 - Foto: Arquivo Pessoal

São Paulo – Isadora Silva de Almeida, de 17 anos, morreu nessa terça-feira (1/2) vítima de um mal súbito, após esperar um transplante de coração por um ano e meio. A jovem lutava pela vida desde os 7 anos de idade, quando foi diagnosticada com miocardiopatia hipertrófica congênita.

A menina estava tomando banho na casa de uma tia em Santos, no litoral de São Paulo, quando começou a se sentir muito cansada. A família chamou uma ambulância e os médicos tentaram reanimar a garota, mas ela não sobreviveu.

“Ela amava muito essa tia e quis ir para lá. Estava toda feliz. Passou uma semana muito legal com a minha cunhada”, contou Edileide Rocha Silva de Almeida, mãe da menina, ao Metrópoles.

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Isadora e a mãe Edileide Rocha Silva de Almeida
Isadora foi diagnosticada ao sete anos de idade com miocardiopatia hipertrófica congênita
O quadro de saúde de Isadora começou se agravar na adolescência
Isadora estava na fila da Central de Transplantes de São Paulo desde 26/6/20
Henrique, irmão da menina, a mãe, o pai Valdecir Oliveira de Almeida e Isadora
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Isadora Silva de Almeida morreu aos de 17 anos

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Isadora e a mãe Edileide Rocha Silva de Almeida

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Isadora foi diagnosticada ao sete anos de idade com miocardiopatia hipertrófica congênita

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O quadro de saúde de Isadora começou se agravar na adolescência

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Isadora estava na fila da Central de Transplantes de São Paulo desde 26/6/20

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Henrique, irmão da menina, a mãe, o pai Valdecir Oliveira de Almeida e Isadora

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Segundo a mãe, Isadora se cansava facilmente desde os 13 anos, mas costumava se recuperar depois de algum tempo.

“Andava um pouco e já parava. Os médicos falavam para nós que ela corria risco de ter uma morte súbita a qualquer momento, mesmo dormindo, sem esforço nenhum”, afirmou.

Piora na adolescência

Apesar de ter sido diagnosticada na infância com a doença, que faz com que o músculo do coração se desenvolva mais do que o natural, Isadora começou ter sintomas mais graves na adolescência e as internações se tornaram constantes.

“Com o tempo, o problema dela foi aumentando. A quantidade de remédios aumentou. Os médicos falaram para nós que quando ela chegasse na adolescência deveríamos ficar mais alertas”, disse Edileide.

“Ela quase não vinha mais para casa. Sabíamos que ela corria risco se viesse. Mas você via a Isadora e aparentemente ela estava bem, mas tomávamos muito cuidado”, relatou a mãe.

Segundo Edileide, a jovem teve alta em 9/1, após uma melhora no quadro de saúde. “Ela não falava tanto o que sentia. Era uma menina muito forte, muito alegre. Se tinha algum problema, não deixava transparecer. Aceitava a doença dela, porque sabia que precisava esperar o transplante.”

Fila do transplante

A menina entrou na fila da Central de Transplantes de São Paulo em 26/6/20. Foi internada pela primeira vez no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), em São Paulo, em 7/7/20. Na passagem mais recente pela unidade, ficou sete meses internada.

De acordo com a mãe, outras intervenções e medicamentos foram tentados, no entanto apenas o transplante poderia resolver o caso.

“Ela e todos nós tínhamos esperança de que ela conseguiria o transplante. De uns tempos para cá, ela começou a ficar um pouco mais angustiada, queria logo que acontecesse, tinha muita coisa para fazer, muitos planos”, contou Edileide.

A mãe de Isadora ressaltou a importância da doação de órgãos e destacou que o Brasil deveria se inspirar em países nos quais o gesto é obrigatório. “Às vezes a pessoa morre e enterram os órgão junto, enquanto há outras pessoas precisando muito.”

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