metropoles.com

Membros dos 3 Poderes e jornalistas foram vítimas da “Abin paralela”

Agentes da PF estão nas ruas de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo para cumprir cinco mandados de prisão preventiva

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Foto colorida de viatura da Polícia Federal em frente a Abin - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de viatura da Polícia Federal em frente a Abin - Metrópoles - Foto: <p>Hugo Barreto/Metrópoles<br /> @hugobarretophoto</p><div class="m-banner-wrap m-banner-rectangle m-publicity-content-middle"><div id="div-gpt-ad-geral-quadrado-1"></div></div> </p>

A 4ª fase da Operação Última Milha, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (11/7), busca os responsáveis por criar perfis fakes e divulgar informações falsas contra membros dos Três Poderes e jornalistas. Agentes estão nas ruas de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Até o momento, o Metrópoles confirmou as prisões de Giancarlo Gomes Rodrigues; ⁠Matheus Sposito, ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) na gestão anterior; ⁠Marcelo de Araújo Bormevet, policial federal; Richards Dyer Pozzer; e Rogério Beraldo de Almeida.

Além deles, ex-assessores de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram alvos de busca e apreensão. Entre eles José Mateus Sales Gomes.

O objetivo da operação é desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, a organização criminosa, chamada de “Abin paralela”, também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

De acordo com informações da TV Globo, os alvos da PF seriam policiais cedidos para a Abin na gestão Alexandre Ramagem – alvo da PF em janeiro deste ano (leia abaixo) – e influenciadores digitais que trabalhavam no chamado “gabinete do ódio”.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Outras fases

Em 25 de janeiro deste ano, a Operação Vigilância Aproximada, desdobramento da Última Milha, teve como alvo o deputado federal e ex-diretor-geral da Abin Alexandre Ramagem (PL-RJ). Policiais federais fizeram buscas no gabinete do parlamentar, na Câmara dos Deputados, e no apartamento funcional dele, em Brasília.

Além de Ramagem, que é delegado da PF, a Operação Vigilância Aproximada investigou outros policiais federais suspeitos de integrar uma organização criminosa que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de um software espião chamado FirstMile.

Segundo as investigações, Ramagem teria autorizado os monitoramentos sem lastro técnico que os justificassem.

Em 20 de outubro de 2023, a PF deflagrou a primeira fase da Operação Última Milha para investigar o uso indevido de sistema de geolocalização de celulares sem autorização da Justiça por servidores da Abin.

Os agentes cumpriram dois mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Um dos presos foi Rodrigo Colli, profissional da área de contrainteligência cibernética da agência. O outro era o oficial de Inteligência Eduardo Arthur Izycki.

Colaborou Igor Gadelha, colunista do Metrópoles.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?