Membros do governo Bolsonaro viajaram à Arábia 150 vezes em 4 anos
Informação consta em pedido de investigação feito por senador da República. Bolsonaro ganhou três presentes do país
atualizado
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Integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajaram a Arábia Saudita 150 vezes entre 2019 e 2022. O país árabe é responsável por dar de presente ao ex-mandatário três conjuntos de joias de alto valor.
A informação sobre o número de viagens da equipe de Bolsonaro consta em ofício do senador Humberto Costa (PT-PE), que pediu investigação ao Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).
Até agora, descobriu-se que o ex-mandatário recebeu pelo menos três conjuntos de joias do país árabe: o primeiro a ser revelado foi uma coleção feminina com colar de R$ 16,5 milhões; o segundo trata-se de um grupo de joias masculinas — os dois vieram com o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em 2021.
Um outro conjunto foi recebido, em mãos, durante viagem que fez em outubro de 2019. A confirmação veio da defesa do ex-presidente: “Os bens foram devidamente registrados, catalogados e incluídos no acervo da Presidência da República conforme legislação em vigor”.
Bolsonaro confirma que ficou com Rolex, joias e caneta que ganhou na Arábia
Joias
Uma viagem a Doha, no Catar, e Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, rendeu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mais um presente. Dessa vez, uma caixa com um relógio Rolex, uma caneta Chopard, abotoaduras, anel e uma espécie de rosário árabe.
A caixa com os presentes teria sido recebida pelo próprio Jair Bolsonaro do regime da Arábia Saudita, após almoço com o rei saudita Salman Bin Abdulaziz Al Saud.
No caso das joias avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, retidas pela Receita Federal por questões legais, e do outro pacote que veio na bagagem da comitiva que foi ao Oriente Médio, em outubro de 2021, os presentes não passaram pelas mãos do ex-presidente.