Meirelles diz acreditar em fatos para apoiar Lula: “Vejo o resultado”
Ex-ministro participou de ato em apoio ao candidato petista nesta segunda-feira (19/9) em São Paulo ao lado de outros ex-adversários
atualizado
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São Paulo – Henrique Meirelles (União Brasil), presidente do Banco Central no governo Lula, ministro da Fazenda na gestão de Temer e candidato à Presidência pelo MDB em 2018, participou de ato em apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (19/9) em São Paulo.
Em seu discurso, o ex-ministro da Fazenda citou indicadores econômicos, como inflação e reservas internacionais, do período que Lula estava no poder.
“Eu acho que a política é fundamental porque define a vida, em última análise, de todos nós. Agora eu quero me ater a fatos específicos que mostram a comparação brutal”, afirmou Meirelles relembrando que trabalhou 8 anos ao lado de Lula.
“Emprego, renda e padrão de vida”
Segundo o ex-ministro da Fazenda, nesse período foram criados mais de 10 milhões de empregos e 40 milhões de brasileiros saíram da pobreza. “Isso mudou a vida do País”, destacou.
“O que interessa é emprego, renda, padrão de vida para a população e mostrar quem faz, quem realiza. Essas histórias de só falatório podem impressionar muita gente, mas eu acredito em fatos, eu olho e vejo o resultado do seu governo, Lula. Isso nos faz estar aqui. E, portanto, vamos em frente. Estou aqui com tranquilidade, com confiança, porque eu sei o que funciona e o que pode funcionar”, disse Meirelles.
O União Brasil, atual partido de Henrique Meirelles, tem candidatura própria para disputar o cargo de presidente nas eleições de 2022. O nome de Soraya Thronicke foi lançado após Luciano Bivar, líder da sigla, desistir de concorrer.
Críticas ao governo Bolsonaro
Além de destacar os indicadores do governo Lula, Henrique Meirelles fez críticas a aspectos econômicos da gestão de Jair Messias Bolsonaro (PL).
“Agora está havendo uma injeção eleitoreira de recurso na economia que vai criar um problema grande para ser resolvido. É possível resolver, mas vai dar trabalho. Tudo isso faz com que a previsão do crescimento do Brasil seja dois e pouco esse ano e 0,5% no ano que vem. Essa é a herança que está sendo deixada”, avaliou.
“Estamos vendo os efeitos desse descontrole inflacionário fiscal atual. Efeito que corrói o salário das pessoas, corrói o auxílio, corrói todo padrão de vida da população”, afirmou o ex-presidente do Banco Central.
Frente ampla
Lula recebeu na manhã desta segunda-feira (19/9) apoio de ex-candidatos à Presidência dos partidos União Brasil, Cidadania, Rede, PSol e PCdoB. Além de Meirelles, o ex-presidente se reuniu com Cristovam Buarque (Cidadania), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSol), Luciana Genro (PSol) e João Vicente Goulart (PCdoB).
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Esses políticos foram adversários de Lula, Fernando Haddad (PT) e Dilma Rousseff (PT) em eleições presidenciais anteriores. O alinhamento é mais um esforço da campanha petista para construir uma frente ampla pelo voto útil já no primeiro turno.
“Um dia alegre porque essa reunião simboliza a vontade que as pessoas têm de recuperar a democracia no nosso País. E todo mundo sabe que a democracia não é um pacto de silêncio”, disse Lula. “A democracia é a sociedade se movimentando dia e noite na perspectiva de conquistar melhores condições de vida para o povo brasileiro”, completou.
Reunião com ex-candidatos
Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice nessas eleições e a presidente em 2006 e 2018, e Fernando Haddad (PT), que concorreu ao Planalto em 2018 e, atualmente, disputa o cargo de governador paulista, também participaram do encontro no Hotel Gran Mercure, localizando no bairro Ibirapuera, região nobre de São Paulo.
Guilherme Boulos (PSol), que foi candidato à Presidência em 2018 e agora disputa uma vaga de deputado federal por São Paulo, já tinha se juntado à equipe de Lula e, atualmente, é coordenador da campanha do petista em São Paulo. Colega de partido de Boulos, Luciana Genro também manifestou seu apoio na manhã desta segunda-feira (19/9).
Cristovam Buarque (Cidadania) também estava na agenda da campanha de Lula. O político foi ministro da Educação no primeiro mandato de Lula e concorreu ao cargo de presidente em 2006, pelo PDT. O representante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) era João Vicente Goulart, que disputou a Presidência da República em 2018, na época ele era filiado ao Partido Pátria Livre (PPL).