Meio Ambiente: ministro diz que Brasil tem política ambiental racional
Joaquim Leite encerra sua participação na OCDE, em Paris, reafirmando que o governo Bolsonaro mantém compromisso na área ambiental
atualizado
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O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou, durante reunião na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira (31/3) em Paris, na França, que a política ambiental brasileira busca soluções climáticas lucrativas .
Em entrevista à Rádio França Internacional, o ministro criticou a política ambiental das gestões anteriores e afirmou que o atual governo busca a geração de empregos verdes como política pública.
“Nos governos anteriores, a política era ‘o que eu posso reduzir, proibir, onde eu posso ocupar e multar’. O governo Bolsonaro traz uma nova política: que solução climática vou conseguir empreender junto com o setor privado”, disse Leite.
O governo Bolsonaro tenta se tornar membro da OCDE, mas questões ambientais são vistas como um entrave para a aprovação da candidatura brasileira.
Durante encontros da OCDE, o governo brasileiro buscou minimizar os impactos negativos do aumento do desmatamento durante a atual gestão. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), a derrubada de florestas na região da Amazônia cresceu 56,6% nos últimos três anos.
O ministro do Meio Ambiente defendeu também o Projeto de Lei nº 191 de 2020, que tramita na Câmara dos Deputados, e visa regulamentar e ampliar a mineração e os grandes empreendimentos em terras indígenas. O pedido foi apresentado pelo líder do governo na Casa, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Ipam vê “descredibilidade”
Para o diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do Ipam, Eugênio Pantoja, o país precisa de muita política pública para se enquadrar nos requisitos estabelecidos pela OCDE.
“As políticas racionais que o ministro defende para este governo não têm nada de racional. São políticas que trazem um risco de degradação ambiental e um impacto climático maior para o país. Isso irá aumentar ainda mais a descredibilidade do Brasil em âmbito internacional. Isso representa risco para a perda de mercado”, ressaltou Pantoja.