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Sob pressão internacional, Bolsonaro discursa hoje na Cúpula do Clima

Reunião de líderes foi convocada pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Bolsonaro deve adotar tom mais ameno sobre questões da Amazônia

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Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursa na manhã desta quinta-feira (22/4) na Cúpula do Clima, encontro convocado pelo presidente dos Estados UnidosJoe Biden, e que contará com a presença de 40 chefes de Estado.

Eleito com agenda ambiental forte, em oposição à do ex-presidente Donald Trump, Biden é o responsável pelo aumento da pressão externa sobre o Brasil em razão do aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

Bolsonaro deve repetir o tom adotado na carta enviada na semana passada ao mandatário dos EUA, na qual prometeu acabar com o desmatamento ilegal no Brasil até 2030. A carta foi interpretada como ajuste no discurso e tentativa de aproximação com o governo Biden, cuja vitória contra Trump o titular do Palácio do Planalto demorou a reconhecer.

No discurso desta quinta, o chefe do Executivo brasileiro deve apresentar dados sobre o tema e defender as medidas que teriam sido adotadas pelo governo federal para a diminuição do desmatamento.

A política ambiental brasileira é controversa e suscita críticas de líderes internacionais, como o presidente da França, Emmanuel Macron.

Em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2020, Bolsonaro afirmou que o Brasil seria “vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”.

Segundo o presidente da República, a riqueza da Amazônia “explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras aproveitadoras e impatrióticas com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil”.

Na ocasião, Bolsonaro também acusou “índios e caboclos” amazônicos de promover incêndios na região e responsabilizou as queimadas no Pantanal pelas altas temperaturas no local.

No encontro virtual da Cúpula do Clima, Bolsonaro vai contar com a presença do chanceler Carlos França e dos ministros Tereza Cristina (Agricultura), Ricardo Salles (Meio Ambiente), Fábio Faria (Comunicações) e Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil).

Almoço de apoio a Salles

Na tarde de quarta-feira (21/4), Bolsonaro se reuniu com parte de sua equipe ministerial para um almoço na casa do ministro das Comunicações, Fábio Faria.

O encontro foi uma espécie de desagravo ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que, às vésperas da Cúpula de Líderes sobre o Clima, enfrenta pressão para deixar o cargo. Em apoio ao ministro, aliados usaram a hashtag #FicaSalles nas redes sociais.

Participaram da reunião os ministros Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Gilson Machado Neto (Turismo), entre outros.

Também estiveram presentes no evento o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), expoentes do Centrão e aliados do mandatário do país. Ambos, no entanto, não teriam ficado para o almoço.

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