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Queimadas causaram R$ 1,1 bilhão em prejuízos nos últimos seis anos

Investimentos da União para combater e prevenir incêndios não chegam a 32% do valor, segundo a Confederação Nacional dos Municípios

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sistema de combate de focos de incêndios na amazonia bombeiros sobrevoam áreas de queimadas próximo a Porto Velho em Rondonia
1 de 1 sistema de combate de focos de incêndios na amazonia bombeiros sobrevoam áreas de queimadas próximo a Porto Velho em Rondonia - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Além de toda a destruição ambiental, os incêndios florestais geram prejuízo econômico na casa dos bilhões. É o que mostra novo estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) nesta sexta-feira (19/11).

Nos últimos seis anos, as queimadas provocaram um rombo de mais de R$ 1,1 bilhão. No mesmo período, os investimentos da União no combate e na prevenção de incêndios correspondiam a apenas 32% do valor: R$ 376,2 milhões.

A CNM alerta sobre a redução de recursos públicos para ações de fiscalização, monitoramento e combate a incêndios florestais. Em 2016, foram R$ 77,4 milhões, que caíram para R$ 46,4 milhões, em 2020, e R$ 62,9 milhões, em 2021.

A organização relembra, também, a diferença entre o montante autorizado e reservado no orçamento e a quantia que é efetivamente paga pela União. Cerca de 76% do valor reservado para as ações entre 2016 e 2021 foi, de fato, pago. Dos R$ 492,4 milhões destinados, mais de R$ 116 milhões não foram utilizados.

Os prejuízos financeiros causados pelas queimadas se manifestam, por exemplo, no sistema de saúde. “O sistema de saúde local é sobrecarregado para atender aos atingidos pela fumaça”, explica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Biomas mais afetados

Amazônia (47,1%), Cerrado (31,8%) e Mata Atlântica (8,9%) são os biomas com mais focos de incêndios registrados. Até 14 de outubro deste ano, a região amazônica reuniu 63.115 focos, mais de 40% do total no país.

O Cerrado veio logo atrás, com 36,4%, equivalente a 57.327 focos de fogo. A Região Centro-Oeste é a mais afetada financeiramente pelas queimadas: foram perdidos R$ 837,8 milhões desde 2016.

Desmatamento recorde

O desmatamento na Amazônia nos 12 meses entre agosto de 2020 e julho de 2021 foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006. É a terceira alta consecutiva durante o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quinta-feira (18/11), mostram que a Amazônia perdeu 13,235 mil km² de árvores no último ano. O Inpe é um órgão governamental, e desmente negativas de autoridades sobre controle e redução do problema.

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