Protesto do Greenpeace repercute no Twitter e gera discussões
A organização levou troncos de árvores queimadas e “petróleo” para apontar falhas do governo nas questões da Amazônia e litoral nordestino
atualizado
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O protesto do Greenpeace, realizado nesta quarta-feira (23/10/2019), em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, gerou muita polêmica nas redes sociais. Arthur Weintraub, assessor especial do presidente Jair Bolsonaro e irmão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, postou, em sua conta oficial do Twitter, críticas à manifestação. A ação gerou tanto comentários de apoio ao assessor quanto à organização não governamental.
A organização levou troncos de árvores queimadas e “petróleo” para apontar falhas do governo nas questões das queimadas da Amazônia e no desastre ambiental de vazamento de óleo no litoral do Nordeste.
“Greenpeace emporcalha de óleo o Palácio do Planalto como ‘protesto’. Poderiam utilizar tanta energia para ajudar na limpeza das praias do nordeste. SQN (só que não)”, escreveu. Em seguida, Arthur postou fotos da manifestação com a hashtag #GreenpeaceNaoAjudaEmNada. A frase alcançou os trending topics, com mais de 2.000 publicações.
#GreenpeaceNaoAjudaEmNada pic.twitter.com/zJ7FQCQhAr
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) October 23, 2019
Querem chamar a atenção? Será esse o pavio que precisa para iniciar as merdas que já começaram em outros países da América de Sul? #GreenpeaceNãoAjudaEmNada https://t.co/xOaEeXOYvF
— Frank Sousa (@frank_sousa) October 23, 2019
Se o Greenpeace que não ajuda em nada, ainda ajuda a sujar patrimônio público… Eu penso que exista o dedo deles neste óleo da costa brasileira!#greenpeacenaoajudaemnada
— Felipe Machado Suarez (@lipesuarez) October 23, 2019
De acordo com o grupo, o óleo utilizado na manifestação pelos ativistas foi feito de maisena, água, óleo de amêndoas e corante líquido preto, e podem ser removidos com água e sabão. Na conta oficial do Twitter, eles rebateram a repercussão negativa do público, que acreditaram que eles estavam depredando o patrimônio público. E se comprometeram a limpar a substância, caso o governo “apresentasse ações efetivas e transparentes para remover as manchas de óleo“.
(…) ao contrário do que está contaminando as praias do Nordeste, não é tóxico nem permanente e pode ser limpo com água e sabão. Nos comprometemos a limpar a frente do Palácio do Planalto se o governo apresentar ações efetivas e transparentes para remover as manchas de óleo.
— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) October 23, 2019
@GreenpeaceBR parabéns!!! São com manifestações que adquirimos diversos direitos que hoje o povo possui. Foram com elas que abrimos os olhos daqueles q se recusam a olhar os problemas e o sofrimento do povo! Vcs são incríveis, e fazem a diferença, nunca se desmotivem!
— Bunney_01 (@Bunney_01) October 23, 2019
tem ativistas do Greenpeace em todas as praias ajudando a limpar.
— lucas (@lucasoalmeida) October 23, 2019
O protesto terminou com 19 manifestantes detidos pela Polícia Militar, que tomou a medida após suspeitas de crime ambiental. Eles foram encaminhados para a 5ª Delegacia de Polícia (área central) e liberados três horas depois, sem nenhuma incidência penal.