“Pior janeiro do governo”, diz Mourão sobre desmatamento na Amazônia
Segundo o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o dia 21 de janeiro, o desmatamento no bioma bateu o recorde de 360 km²
atualizado
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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), admitiu na manhã desta terça-feira (8/2) que janeiro foi o pior mês, desde o começo do governo, em relação a registros de desmatamento ilegal na Amazônia. O presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (Cnal) atribuiu o aumento à “falta de pessoal para operar em campo”.
“Desmatamento em janeiro foi ruim, foi bem ruim. Então, estamos avaliando aí, né? A Amazônia é imensa, e nós temos pouca gente pra operar em campo, o Ministério da Justiça e o Ministério do Meio Ambiente estão operando, mas houve um avanço da turma e estamos avaliando por quê”, disse Mourão.
O desmatamento na Amazônia Legal bateu mais um recorde antes mesmo do fim de janeiro deste ano. Com dados apenas até o dia 21, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 360 km² desmatados.
O número é o maior desde 2015, início da série histórica do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). Os alertas de desmatamento no mês de janeiro foram de 83 km² em 2021, 284 km² em 2020, e 136 km² em 2019.
Situação mais grave dos últimos 14 anos
De acordo com dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o desmatamento registrado na região em 2021 foi o pior dos últimos 14 anos.
Do início ao fim do ano passado, 10.362 km² de mata nativa foram destruídos, representando avanço no desmatamento de 29% na comparação com 2020. As informações são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon, usado para monitorar a região por meio de imagens de satélites.