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Pesquisa: desmatamento no cerrado chega a 2,4 vezes a extensão do DF

Segundo monitoramento divulgado pelo governo federal, área desmatada no bioma corresponde a 6.777 km2 e 7.408 km2, referente a 2016 e 2017

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Bombeiros combatem incêndio no Parque Nacional de Brasília – Brasília(DF), 01/09/2017
1 de 1 Bombeiros combatem incêndio no Parque Nacional de Brasília – Brasília(DF), 01/09/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O governo federal divulgou, nesta quinta-feira (21/6), os dados preliminares do desmatamento no Cerrado, referente aos anos 2016 e 2017. De acordo com o monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a área desmatada no bioma corresponde a 6.777 km2 e 7.408 km2, respectivamente, o que representa redução de 43% e 38%, em relação ao ano de 2015. Somando o resultado dos dois anos, em um cálculo rápido, é possível comparar a área desmatada a 2,4 vezes a extensão do Distrito Federal (DF).

Os dados foram divulgados pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Ciência Tecnologia, Informação e Comunicações (MCTIC). A partir deste ano, o mapeamento do desmatamento no Cerrado passou a ser feito anualmente, nos moldes do que já ocorre para a Amazônia.

A mensuração foi realizada pelo INPE no âmbito do projeto Prodes Cerrado, iniciativa apoiada pelo MMA e MCTIC e financiada pelo Programa de Investimento Mundial (FIP) administrado pelo Banco Mundial.

Outro resultado do projeto é o refinamento do mapeamento das áreas desmatadas de 2010 a 2015, que resultou na atualização da série histórica e gerou dados bienais para o período de 2000 a 2012 e dados anuais para o período 2013 a 2017, englobando todos os polígonos desmatados com área acima de 1 hectare.

A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC, Lei nº 12.187/2009) estabeleceu, para o Cerrado, uma meta de redução em 40% para o ano 2020, referente ao desmatamento médio observado no período de 1999 a 2008. Os dados registrados em 2017 apontam redução de 53% nessa mesma comparação, ficando 13% abaixo da meta estabelecida na política.

Redução
“Mesmo diante desse resultado positivo, o Ministério do Meio Ambiente considera necessário reduzir ainda mais esses números, tendo em vista a importância do bioma para a produção de água, a conservação da biodiversidade e a redução da emissão dos gases de efeito estufa que causam mudança no clima”, afirma o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte.

Para ele, é possível ter crescimento econômico ao mesmo tempo em que se diminui a perda de vegetação nativa. “A redução do desmatamento não é antagônica ao desenvolvimento. Ao contrário, pode qualificá-lo e gerar um diferencial de mercado, além de ser essencial para frear as mudanças climáticas e os demais efeitos negativos causados pela alteração de serviços ambientais”, diz.

Edson Duarte lembra que as áreas desmatadas ilegalmente deverão ser alvo de ações de recuperação, “conforme previsto na lei de proteção à vegetação nativa e na Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Proveg)”.

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